Abel Matos Santos
Nem todos falam como Gentil Martins, poucos
hoje dizem o que pensam. Vivemos no tempo onde este fascismo higiênico
travestido de liberdade intimida, condiciona e persegue por delito de opinião.
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Foto: Tiago Miranda |
Quando nasci, o médico Gentil
Martins [foto] salvou-me a vida. Cresci, estudei, investiguei e formei-me em
Psicologia Clínica, trabalhando no maior hospital do país há já 20 anos.
Quis a vida que ao longo do
meu percurso profissional e acadêmico tenha vindo a conhecer o Homem e o Médico
cirurgião pediátrico Gentil Martins. Educadíssimo, de fino trato, culto e com
sentido de humor, está sempre cativo, constantemente preocupado com os seus
doentes, com o seu semelhante e sempre na busca da vanguarda da medicina.
Passei a considerá-lo um amigo e é com esta declaração de interesses que
escrevo sobre o brutal ataque de que foi alvo pelos ditadores da opinião única
do costume.
Gentil Martins sempre foi
livre, livre como se deve ser nas suas opiniões, na sua profissão, nas suas
relações, no respeito absoluto pela opinião do outro mesmo quando oposta à
dele. Porque vêm Isabel Moreira e companhia apelar à queixa, à censura, à
mordaça!? Se está tão certa da sua verdade porque não se abre à livre e salutar
discussão? Porque se importa tanto com opiniões contrárias? Porque não convida,
ela e as médicas de serviço que se queixaram à Ordem, Gentil Martins ou outros
para debater o assunto?
Como psicólogo tenho também
sido ao longo dos anos perseguido pelas minhas opiniões, sempre fundamentadas,
por aqueles que se arrogando arautos da liberdade e da democracia tentam calar
e condicionar todos os que pensam e emitem opinião diferente da sua. Fui alvo
de queixas na Ordem dos Psicólogos, perseguiram-me no meu local de trabalho,
sofri injúrias e ameaças físicas, até de morte. É gente desta, “tolerante”, que
acusa uma das maiores referências da Medicina.
Vivemos no tempo onde este
fascismo higiénico travestido de liberdade intimida, condiciona e persegue por
delito de opinião. E para isto lá estão os habituais “cabos da guarda” que são
a confirmação que faltava sobre a absoluta ciência da sua absoluta ignorância!
Veja-se, além do meu caso,
tantos outros como o caso Vilaça e as recentes linhas de orientação da Ordem
dos Psicólogos sobre como intervir junto de pessoas LGBT. Qualquer profissional
de saúde deve guiar-se pelo interesse do seu paciente e estas tentativas de
limitar e controlar a atividade clínica e assistencial só redundam em prejuízo
das pessoas.
Nem todos falam como Gentil
Martins, poucos hoje dizem o que pensam. Tenho ouvido de variadíssimos colegas
desabafos de que têm medo de falar, de se exprimir, de não quererem problemas.
Estou totalmente solidário com
Gentil Martins! Que me abram um inquérito a mim também! A ditadura do
politicamente correto e a polícia política dos costumes do vale tudo continuam
a querer formatar o povo, a condicionar a livre opinião e a quererem tornar
normal o que não é normal e é menos bom (importa conhecer a definição de norma
e de bom).
Não está em causa, nem nunca
esteve, o respeito pelas pessoas independentemente da sua orientação sexual.
Uma coisa é aceitar a homossexualidade, outra é fomentar e impor. De facto, a
norma nos humanos é a heterossexualidade e não a homossexualidade. De facto,
Ronaldo ao privar os filhos de uma mãe está a cometer um ato reprovável.
Gentil Martins tem razão em
tudo!
Título e Texto: Abel Matos
Santos, Especialista em Psicologia Clínica, Observador, 17-7-2017
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