sábado, 15 de julho de 2017

Sr. Primeiro-Ministro, Não Somos Parvos!

Cristina Miranda

Obviamente que não demite ninguém. Obviamente que não assume responsabilidades. Obviamente que não pede desculpas. Obviamente! Foi de férias tranquilamente e obviamente tranquilo, regressou com a narrativa óbvia de quem obviamente passa a vida a mentir.  Não se pode esperar mais de alguém que por deformação de carácter não vê os erros nesta conduta. É intrínseco. Logo assumir seja lá o que for não é para o Costa que continua convicto que é mais inteligente que o povo e por isso faz dele parvo. 

Enquanto degustava de férias o seu mojito lembrou-se: “… já sei… chego lá reúno com o CEMGFA, inventamos que aquilo era sucata, não valia um “chavo”, era material para abate e que por isso, não há crise… fazemos depois uma comunicação ao país com ar muito sério e saímos fininho da história… Com Pedrógão insistimos na catástrofe natural que só foi pior por causa da operadora Altice (essa malvada que é preciso abater antes que compre a TVI) porque a outra esteve bem”. E está feito! Obviamente que pensando que o povo é parvo, não hesitou em seguir por esta via. Nem sequer ponderou a hipótese de cair no ridículo. Claro que não! Os parvos comem tudo cegamente. Então não tem sido assim ao longo dos anos?  E quem vai duvidar se a Comunicação Social dá cobertura à mentira?

O problema é que até os parvos um dia deixam de o ser. Não é garantido que uma sociedade se mantenha cega e ignorante por tempo indeterminado. E por ser uma variável, muitos “Costas” acabam por cair no seu próprio lodo. Não é por acaso. Os embustes têm prazo. O problema é o tempo que muitas vezes é maior do que deveria até revelar a dura verdade e nesse intervalo, ser profundamente destruidor. Sem precisar de exemplos vindos de fora, veja-se o que 3 bancarrotas socialistas fizeram ao país. Contrariar isto é demencial.

O modus operandi desta gente está-lhes no ADN. Agem conscientemente convictos que na plateia a maioria é asno e a restante asseguram como clientela. Logo, devidamente “controlados” não hesitam em usar e abusar deste estratagema que já lhes rendeu muitos biliões nos bolsos dos camaradas. A técnica é sempre a mesma: primeiro é preciso dar, dar, dar, dar, dar sem limites. Agradar a uma sociedade de incautos crentes que o dinheiro do Estado é inesgotável e não sai do bolso do contribuinte nem de credores a quem depois é preciso pagar (sim, ainda há gente que acha que o dinheiro do Estado é do Estado!!!). Aumentam depois os impostos dizendo que é para termos um Estado mais forte, mais social e mais justo, mas… o dinheiro não chega nunca onde mais falta faz. E ficam bem na fotografia porque até ficarmos doentes ou morrermos incinerados numa estrada nacional, jamais saberemos que tudo não passa de fachada. Depois, acaba-se a festa, acusa-se a política externa, o Papa Francisco e os Marcianos, deixando um país completamente depenado para os seguintes resolverem. Com quê? Ora, com as medidas INEVITÁVEIS impopulares e injustas com que depois, ELES na oposição culpam o novo executivo por EMPOBRECER os portugueses!! E sabem que mais? Ainda há parvos que não veem isto. E ELES sabem-no muito bem.

Porque além de serem políticos indecorosos sabem que temos um problema cultural muito sério. E é aqui o grande trunfo destes abutres.

Mudar isto leva tempo às vezes tempo demais. Mas como todos os desafios que abracei na vida, não vou parar até conseguir retirar o maior número de pessoas possível desta letargiaAjudar meu país passa em primeiro lugar por ajudar as pessoas a compreender como funciona a política e o que devemos mudar nela para depois melhorar Portugal. Dirão que sou louca, que ambiciono o impossível, que não vale o esforço. Eu respondo: na vida já vi o impossível acontecer e só aconteceu porque eu NUNCA desisti.

Tudo é possível até o impossível. Basta acreditar metendo mãos à obra e jamais desistir!

Porque não admito que me façam de parva! Muito menos um Primeiro-Ministro!
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 14-7-2017

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