Um amigo meu, estudioso, empreendedor e crítico (discreto) como poucos, considera que o país foi assolado por três novas categorias profissionais: o pobre, o gestor do espaço público e o político.
O pobre profissional tem habitação social e recebe diversos subsídios. O mesmo Estado Providência que cuida dele deixou que se desenvolvesse o gestor do espaço público - que é o arrumador de carros (domina o espaço e controla os danos nos automóveis estacionados)
O político profissional é aquele que nunca fez mais nada e que pode atingir o melhor momento da sua vida quando identificado com uma função política antes de qualquer habilitação académica ou técnica.
O político profissional é aquele que nunca fez mais nada e que pode atingir o melhor momento da sua vida quando identificado com uma função política antes de qualquer habilitação académica ou técnica.
Qual é a sua profissão? Deputado. Quem é aquele senhor? Ex-ministro. Que conhece do país um político que defende e é protegido pelo Estado Providência?
Um idealista não precisa de ser político profissional - se um idealista é um homem que ajuda os outros a prosperar (como o definiu Henry Ford, 1892-1976, o fabricante de automóveis que idealizou um carro para todas as bolsas), e não a criar pobres profissionais. Um político profissional não sabe o que é um homem desejoso de trabalhar, e que não consegue encontrar trabalho, naquele que talvez seja o espectáculo mais triste que a desigualdade ostenta ao cimo da terra - como observou o ensaísta Thomas Carlyle (1795-1881).
O pobre profissional nunca se mostrará grato a quem o sustenta e jamais compreenderá a indizível situação de muitos que, depois de viverem bem ou remediadamente - pelo trabalho -, dissimulam a verdadeira pobreza. Com uma dignidade superior às três novas categorias profissionais que põem em grande aflição Portugal.
Alfredo Barbosa
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