segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Retornando ao Brasil


Ivone Santos, 53 anos, cabeleireira no Brasil e empregada doméstica em Portugal, candidatou-se ao Programa de Apoio ao Retorno Voluntário e Reinstalação em Janeiro, acabando por partir para o Brasil em Abril. Nunca teve um trabalho certo no País, o que a levou a cair numa situação de irregularidade. Sem trabalho não há papéis e, sem papéis, não há trabalho, o que se tornou num ciclo vicioso. Acompanhou o marido em 2003, Leonan Silva, mestre em capoeira, nesta viagem de imigrante iniciada por ele em 2001. Fugiram da crise económica e de um drama familiar, o homicídio do filho. Ele veio com um contrato de trabalho, mas as coisas acabaram por não melhorar em termos económicos, uma imigração traduzida em empregos precários. "O meu marido obteve a autorização de residência por um ano, mas não voltou a conseguir um contrato de trabalho e nunca a renovou", contou na altura Ivone Santos.
Regressou, acabando por sentir que a missão tinha sido cumprida: "Tínhamos saído de uma situação muito difícil e o objectivo era tentar ultrapassá-la. Foi uma luta, passámos por muita coisa difícil, batalhámos. Não deu. Conheci Portugal, uma cultura diferente, muitas pessoas amigas, brasileiros e portugueses. Gostei muito de viver aqui, apesar das dificuldades. E o objectivo foi cumprido, estamos preparados para regressar. Tenho saudades dos filhos e netos. A nossa esperança é que o Brasil esteja efectivamente melhor!" Tinham à sua espera cinco filhos e 12 netos.

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