quinta-feira, 29 de março de 2012

Assis: “O caça fantasmas”

Alberto de Freitas
Francisco Assis, foto: Rui Gaudêncio
O jornal “Público”, de 29 de março, traz um artigo de Francisco Assis, com o título: “Um fantasma paira sobre a vida Pública – chama-se José Sócrates”. Adverte que escreve dominado pela cólera de tal infâmia e naquele seu ar de mineiro no aspeto e filósofo no intelecto, desenvolve um ensaio para totós: “a árvore é a floresta e as heranças são espontâneas”. Quer-nos fazer crer – algo que ele, homem inteligente, não crê – que as obras dos grandes homens, não persistem para além deles. Indiferentemente da qualidade da obra e do caráter da criatura.
A sociedade portuguesa está a haver-se com uma herança. Recebeu-a com estupefação, seguida de indignação e procura entendê-la. Para tal, tem que ir ao passado que tem como figura proeminente: José Sócrates. E não estava só, pois à época tinha com ele todo o Partido. Apoio de alguns por ação e, outros, por omissão. Os “males” são anteriores a Sócrates, dirão muitos - Esse recuar tem tradicionalmente o consulado Cavaco. Vamos aceitar que todos os “males” têm origem em Cavaco. Pois o PS foi governo na maior parte do “intervalo”, até aos dias de hoje. E quem governa tem a obrigação de não deixar passar para o futuro, os erros do passado. Há que eliminá-los, ou, no mínimo: reformá-los. É o que este governo por imposição dos credores se vê compelido a fazer.
E é ao PS que cabe exorcizar Sócrates. Não a ele, mas ao legado: ou o admite como obra de todo o Partido, ou o fulaniza. Não deve é continuar no “chove não molha”.
Mas em vez disso, Assis apela que o PS se transforme numa Jihad Islâmica, em defesa do “profeta”. Qualquer coisa ao estilo “futeboleiro-emotivo” (utilização de vocabulário com consulta obrigatória ao dicionário, para visar um objetivo digno de claque de futebol). Ora os Partidos, são “forças” de parte da sociedade e devem encarniçar-se na defesa de ideias – todos, mesmo os que não possuem “laboratórios” – e não na defesa de “defuntos” (conforme expresso por Assis, ao realçar o facto de Sócrates já não exercer qualquer função institucional).
E Assis não tem que reclamar do “fantasma” de Sócrates. Porque se o PS fosse governo e Sócrates o seu líder - pressupondo-se a mesmíssima pressão dos credores - as políticas seriam idênticas. E, o alvo de Sócrates seria o… fantasma de Sócrates.
Por que artes e manhas seria isso possível, desconheço, mas tenho a certeza que ele o conseguiria… com o apoio de Assis, obviamente.
Título e Texto: Alberto de Freitas 

O "fantasma " de Sócrates não lhes permite ir muito longe na demagogia. Daí o encarniçamento sobre esta (de Assis) e de outras teses que se assemelham, na argumentação e na intenção: é preciso que o povo esqueça o mais rapidamente possível o anterior PM, pois quanto mais cedo esquecer, mais cedo eles se livrarão dos grilhões da irresponsabilidade do passado e estarão livres, soltos e felizes para dizer o que lhes parecer de bom tamanho para desgastar, desqualificar e arranhar o atual governo! Sem escrupúlos!

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