O que faz um pai colocar um filho de vinte anos na direção de um
carro de dois milhões de reais que pode atingir em poucos segundos a velocidade
de 300 Km/h, adicionando-se o fato de que no Brasil não existirem autoestradas,
como, por exemplo, na Alemanha, que permitem, com certa segurança, que carros
possam atingir altas velocidades com mínimo risco de alguém aparecer no seu
caminho?
Resposta: irresponsabilidade e inconsequência do pai e clara
indução ao filho, dada sua imaturidade, para provocar graves acidentes como o
que acaba de acontecer com o filho do Sr. Eike Batista que tirou estupidamente
a vida de um cidadão que voltava para casa de bicicleta com as compras para
comemorar o aniversário de sua companheira.
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Ciclista morreu depois de ser atropelado por Thor Batista.
Foto: Arquivo pessoal/Nicson Olivier/JB
|
Próximos passos: contratação dos mais caros advogados do mercado
para fazer desse crime um acidente, tipo “fatalidade”, e acabar culpando o
ciclista por sua própria morte.Obviamente a família do ciclista vai ter que
recorrer à justiça gratuita sem poder contratar três advogados para defender a
vítima fatal de mais essa banalização da vida humana provocada por um filhinho
de papai bilionário, e que acabará ficando impune do seu crime com a família do
ciclista se tornando pedinte de compensações financeiras voluntárias tipo “cala
a boca” sofrendo todas as humilhações consequentes de sua pobreza. Como sempre
tudo vai ficar debaixo do tapete dessa Justiça imunda que nos envergonha todos
os dias, em que o dinheiro e o submundo dos processos judiciais pervertem
qualquer sentido de Justiça graças a advogados criminalistas regiamente pagos
para provar a “culpa” do inocente e a “inocência” dos culpados, usando todos os
tipos de artifícios jurídicos, fraudulentos, mentirosos, sub-reptícios,
fabricados e levianos. Assim como aquele filhinho de um desembargador que ajudou
a queimar vivo um morador de uma das ruas de Brasília, e como punição trabalha
no poder público recebendo inclusive promoções, esse será mais um caso de
fraude de uma Justiça controlada por um Covil de Bandidos que livra da cadeia
os herdeiros ricos e filhinhos de papai dessa sociedade apodrecida em que
vivemos. Provavelmente, enquanto o ciclista estava sendo enterrado, o culpado
direto e o indireto pela sua morte recebiam dos amigos, pertencentes às
burguesias e oligarquias dos ricos canalhas esclarecidos, palavras de conforto
pelo acontecido, entremeadas com a famosa frase que une toda essa gente sórdida
que banaliza a vida dos menos favorecidos e coloca nosso país no fundo do poço
da degeneração moral: “conte comigo para
o que precisar” e dê um forte abraço no Thor.
Título e Texto: Geraldo Almendra, 22-03-2012
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