sexta-feira, 30 de março de 2012

Imigrantes se esforçam, portugueses se queixam e/ou maldizem

A matéria é de Cláudia Sobral, Público
Me lembrou Londres, Nova Iorque, Miami, Paris... tudo fechado e só as lojinhas desses nacionais abertas, onde a gente ia, tarde da noite, ou cedo do dia, para comprar mais umas garrafinhas de vinho, umas budweiser, ou aquele sanduíche salvador, well...
Quer dizer, neguinho trabalhava, estava aberto, e aqui os indígenas reclamam... mas não querem trabalhar, ganhar dinheiro, até à meia-noite.

A loja que Mohammed Faruk tem na Av. Álvares Cabral abriu há apenas oito meses. Foto: Daniel Rocha

O merceeiro do bairro já não é o Sr. António. Agora chama-se Mohammed
São indianos, paquistaneses, bengalis, nepaleses. Tentam fintar o desemprego, conquistar algum prestígio nas suas comunidades. E acabam por fazer as vezes das antigas mercearias, que assim não desaparecem.

Dona Augusta gosta de se sentar mesmo em frente ao balcão. Passa horas à conversa com "Micó", que é como chama a Bhupendra Budha, um nepalês que trabalha numa das pequenas mercearias de imigrantes do subcontinente indiano que se têm multiplicado pelo seu bairro, Alfama, e também por Lisboa.

Há muito que o comércio tradicional está em crise e que se estudam e discutem possíveis soluções. Mas estes comerciantes parecem estar acima de tudo isso. Juntam ou mandam vir dos seus países o dinheiro necessário para o investimento inicial e do negócio não só tiram depois sustento, como dão emprego aos seus conterrâneos. Vêm da Índia, do Paquistão, do Bangladesh ou do Nepal. Em 2010, período a que se referem os números mais recentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, residiam em Portugal, ao todo, 9679 imigrantes dos quatro países.

Abastecem-se no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL) e em armazéns grossistas. "Eles até têm bons preços", diz dona Augusta. "E são simpáticos." Sempre consegue comprar parte do que precisa sem ter de se deslocar às mercearias da Baixa, daquelas à antiga, onde gosta de comprar.
(…)
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