Me lembrou Londres, Nova
Iorque, Miami, Paris... tudo fechado e só as lojinhas desses nacionais abertas,
onde a gente ia, tarde da noite, ou cedo do dia, para comprar mais umas
garrafinhas de vinho, umas budweiser, ou aquele sanduíche salvador, well...
Quer dizer, neguinho
trabalhava, estava aberto, e aqui os indígenas reclamam... mas não querem
trabalhar, ganhar dinheiro, até à meia-noite.
A loja que Mohammed Faruk tem
na Av. Álvares Cabral abriu há apenas oito meses. Foto: Daniel Rocha
São indianos, paquistaneses,
bengalis, nepaleses. Tentam fintar o desemprego, conquistar algum prestígio nas
suas comunidades. E acabam por fazer as vezes das antigas mercearias, que assim
não desaparecem.
Dona Augusta gosta de se sentar mesmo em frente
ao balcão. Passa horas à conversa com "Micó", que é como chama a
Bhupendra Budha, um nepalês que trabalha numa das pequenas mercearias de
imigrantes do subcontinente indiano que se têm multiplicado pelo seu bairro,
Alfama, e também por Lisboa.
Há muito que o comércio
tradicional está em crise e que se estudam e discutem possíveis soluções. Mas
estes comerciantes parecem estar acima de tudo isso. Juntam ou mandam vir dos
seus países o dinheiro necessário para o investimento inicial e do negócio não
só tiram depois sustento, como dão emprego aos seus conterrâneos. Vêm da Índia,
do Paquistão, do Bangladesh ou do Nepal. Em 2010, período a que se referem os
números mais recentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, residiam em
Portugal, ao todo, 9679 imigrantes dos quatro países.
Abastecem-se no Mercado
Abastecedor da Região de Lisboa (MARL) e em armazéns grossistas. "Eles até
têm bons preços", diz dona Augusta. "E são simpáticos." Sempre
consegue comprar parte do que precisa sem ter de se deslocar às mercearias da
Baixa, daquelas à antiga, onde gosta de comprar.
(…)
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