sábado, 24 de março de 2012

As metástases…

Alberto de Freitas
Sócrates foi de certeza um bom camarada. Amigo do seu amigo; amigo do amigo do amigo; amigo do amigo do amigo do amigo… e por aí fora. A verificação de tal facto, confirma-se na quantidade de “metástases” que continuam na preocupada saga de defesa do bom nome da origem da doença.
Deita-se uma olhadela à primeira página do Expresso e eis que se comprova tal realidade:


Governo ignorou 600 milhões pela compra do BPN” – olhando para o título, dó logo vontade de atirar ovos podres em cima do Passos. Mas lendo a coisa, afinal foi em 2008 e o título deveria ser “Governo Sócrates…”
Gaspar corta salários do banqueiros para metade” – O truque de fulanizar as decisões é coisa vulgar. Veja-se que as decisões do Governo alemão são consideradas: “Merkel decidiu”. Enquanto se for a Venezuela - em que realmente Chavez faz o que lhe dá na real gana – já é o “Governo Venezuelano” e, em extremo, se for Cuba: “Decisão do Povo cubano”.
A fulanização é a antítese de democracia e o insinuar da prepotência. É a confirmação que Gaspar é um ditador sem piedade e a prova que Passos é um “pau-mandado”.  Basta recordar como todas as forças que consideram o Álvaro uma excrescência governamental, foram em seu socorro contra o diabólico Gaspar, ao estilo: “não se bate no coitadinho”. Nesta semana, a metástase chamada Nicolau Santos, escreve que Gaspar não é o nosso homem, mas o homem da Troika. Só não se percebe se o considera um traidor, ou um agente estrangeiro infiltrado.
E claro que nos deparamos com a vitimização de Sócrates. Sem que se realce o facto estranhíssimo do homem estar em “todas”. Dá-se um pontapé numa pedra e lá está… um Sócrates ou uma metástase é posta ao léu. O Alegre até reafirma a injustiça porque o homem já foi julgado politicamente. Do mesmo se queixa o Vale e Azevedo, que passou a perseguido quando levou com os pés do Benfica.
Depreende-se portanto, que sempre que surja a figura de Sócrates, deve pôr-se a coisa para debaixo do tapete; que é como quem diz: arquive-se o processo. Perdão, que no caso em questão, a preferência é: destrua-se o processo. O que seria ótimo, pois tiraria do Tribunais a maioria dos casos polémicos.
Se a situação for comparada a um cancro, o seu pior pesadelo será a quimioterapia… principalmente para as metástases.
Título e Texto: Alberto de Freitas

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