Geraldo Almendra
"Nós somos os caras. De
fato, somos honoris em causa própria, em patifarias, em malandrices; o
que trocando em miúdos, nos eleva aos píncaros do gênero cafajeste de ser dos
vivaldinos."
A presidente Dilma está pagando o devido preço pelo que fez o seu
próprio partido ao transformar o Congresso Nacional em lacaio do poder
Executivo com o “Projeto Suborno”, o Mensalão, e suas quase infinitas
variantes.
Antes e durante a era petista
a governabilidade do país tem sido vinculada ao fisiologismo, ao clientelismo,
à corrupção, ao suborno premeditado, e ao corporativismo mais sórdido.
Depois que o país foi entregue aos desgovernos civis as palavras ética
ou moralidade na política e, por decorrência direta, nas relações públicas e
privadas, deixaram de ter qualquer significado ou limite nos escancarados
desrespeitos aos seus sentidos.
Antes do primeiro mandato do
Retirante Pinóquio, os picaretas eram “eles” e depois, os picaretas “somos nos
e vocês vão ter que nos aguentar”.
As relações políticas
rigorosamente promíscuas praticadas durante os dois primeiros desgovernos
petistas, que quase universalizaram o telhado de vidro como a tênue fronteira
entre aceitar ou não o jogo imundo praticado explicita ou implicitamente nas
relações do poder Executivo com os poderes Legislativo e Judiciário, acabaram
por transformar o poder público em um Covil de Bandidos e o país em um Paraíso
de Patifes, pela incontrolável degeneração das relações do público com o privado,
seguindo os sistemáticos e incontáveis exemplos de impunidade desfrutados pelas
centenas de canalhas da corrupção e do lobby mais safado possível, que
transformaram o ambiente do poder público em um Covil de Bandidos, e o ilícito
como fonte de enriquecimento e comportamento padrão de patifes.
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Criação: Resistência Democrática |
É incontestável que o Sistema Político e os podres poderes da República
do nosso país estão irremediavelmente corrompidos, uma situação com um risco,
cada vez maior, de sermos levados a um processo de ruptura social.
Qualquer projeto para o país,
ou programa de governo, mesmo que socialmente e tecnicamente seja correto,
passa a depender para ser aprovado pelo Congresso Nacional, na medida em que os
interesses mais calhordas sejam atendidos, e
não tão somente os interesses maiores da sociedade – contribuintes – que,
através da maior extorsão tributária do planeta, garante a essa apodrecida e
fedorenta classe política as maiores remunerações diretas e indiretas
praticadas no mundo para parlamentares.
A tendência, na medida do
alargamento de uma crise política, é que o poder Executivo desgoverne por
decreto ou medidas provisórias, aprofundando cada vez mais o Regime Fascista já
em vigor que, para se firmar diante de uma sociedade apodrecida, está seguindo
quase à risca a crença gerada pelo Covil de Bandidos de que a política prostituída é o estado da arte
da sacanagem com os idiotas e imbecis dos contribuintes.
Como muito bem já colocou um
General da ativa, um dos comandantes militares que ainda honram a farda das
Forças Armadas, o Brasil atingiu o panteão da esbórnia institucionalizada, com
o país próximo do limite da desqualificação e da ineficiência dos seus serviços
públicos, que são pagos com uma extorsão tributária que chega próxima a 40% do
PIB.
“O nosso espelho é a metamorfose ambulante, exemplo de que tudo se
pode, e no espelho, refletimos a imagem de nosso mestre, e como a dele, as
nossas faces enchem-se de orgulho.”
“Sim, somos calhordas, mas quem não é, somos jeitosos, somos
coniventes, malandros, aproveitadores e, sabiamente, mandamos o futuro para o
inferno.”
“É isso aí gente, ninguém vive de valores, ninguém está preocupado com
honestidade, com princípios, com justiça, abdicamos de pruridos que na prática
tolhem espertezas.
Por tudo, estamos eufóricos, que se preocupem com o amanhã aqueles que vierem no futuro. A vida atual é boa, não a estraguemos lendo jornais e revistas aos serviços da fajuta oposição.”
Por tudo, estamos eufóricos, que se preocupem com o amanhã aqueles que vierem no futuro. A vida atual é boa, não a estraguemos lendo jornais e revistas aos serviços da fajuta oposição.”
Esse Sistema Político que aí
está decorre diretamente da Fraude da Abertura Democrática, conduzida por milhares
de gênios da patifaria, públicos e privados, esclarecidos ou não, cúmplices ou
omissos, o que acabou resultando em um já descarado Regime Fascista de
desgoverno.
Chegamos a um beco sem saída: ou rompemos com essa fraude da forma
que for necessária, ou continuaremos assistindo o país ter, cada vez mais, seus
relacionamentos sociais fundamentados, com poucas exceções, no ilícito da
exploração do próximo ou do contribuinte, da impunidade, e da extorsão
tributária, como fundamentos da existência da maior comunidade de canalhas do
mundo e que conduzem o triste destino de nosso país diretamente do Planalto
Central.
Para não ser esquecido: - Quem roubou o crucifixo do gabinete do
Presidente da República?
Título e Texto: Geraldo
Almendra, 23-03-2012
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