quinta-feira, 22 de março de 2012

Contos moucos dos loucos (XI)

"Isto"
Como não sou masoquista, sou dos indignados pela situação de “isto”. Li a Constituição e, com o “empurrão” moral, decidi exigir. Ouvi o Arménio; li o Louçã; falei com o Jerónimo, estive atento ao Seguro e não tive pachorra para o Passos. Convenceram-me: “isto” está mal.
Fiz greve.
Resultado: “isto” ficou pior.
Solução? Pois mais uma greve porque “isto” está pior.
Tive dúvidas. Convenceram-me de novo com a teoria que os extremos se tocam. Quando “isto” chegar ao extremo do pior-que-“isto”-não-existe, toca no outro extremo do “isto”-está-mesmo-na-maior.
De tanta fé, pensei que o melhor que podia suceder a “isto”, era colocar os autores da ideia no Poder. Expliquei-lhes o plano e terminei a exposição com as palavras: vamos embora a “isto”.
Aplaudiram aos gritos: vamos embora, vamos embora.
E foram. Nunca mais os vi.
Fiquei sozinho… com “isto”
Alberto de Freitas

Contos passados:

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