Como não sou masoquista, sou dos
indignados pela situação de “isto”. Li a Constituição e, com o “empurrão”
moral, decidi exigir. Ouvi o Arménio; li o Louçã; falei com o Jerónimo, estive
atento ao Seguro e não tive pachorra para o Passos. Convenceram-me: “isto” está
mal.
Fiz greve.
Resultado: “isto” ficou pior.
Solução? Pois mais uma greve
porque “isto” está pior.
Tive dúvidas. Convenceram-me
de novo com a teoria que os extremos se tocam. Quando “isto” chegar ao extremo
do pior-que-“isto”-não-existe, toca no outro extremo do
“isto”-está-mesmo-na-maior.
De tanta fé, pensei que o
melhor que podia suceder a “isto”, era colocar os autores da ideia no Poder.
Expliquei-lhes o plano e terminei a exposição com as palavras: vamos embora a
“isto”.
Aplaudiram aos gritos: vamos
embora, vamos embora.
E foram. Nunca mais os vi.
Fiquei sozinho… com “isto”
Alberto de Freitas
Contos passados:
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