Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Quando falamos sobre o Estado, lamentavelmente estamos nos
dirigindo apenas para cerca de 2% da população. O restante nem sabe do que se
trata.
Para a minoria que sabe, apenas para facilitar a nossa digressão,
retrocedamos aos primórdios da civilização, onde vamos encontrar um grupo
humano, com algumas afinidades, ocupando certo território que, lá pela tantas,
resolve unir-se por propósitos comuns e gerar condutas, normas e leis, criando
para o bem comum uma organização sócio-político-jurídica, com governo
independente: eis o Estado.
O governo é o elemento político do Estado, ou seja, é o conjunto das
instituições políticas que desempenham o papel de centro das decisões do Estado
Aí está como apreendemos a gênese do Estado: um povo, um território, um
governo.
Salta aos olhos dos mais beócios que o Estado existe para promover o
atendimento das necessidades e das aspirações do povo, para tanto o governo é o
seu elemento de gerenciamento provisório, e que só existe em função e para a
população.
Embora, quase desnecessário repetir quem é quem e para que servem, no
Brasil a plebe ignara desconhece estes princípios básicos, por ignorância
explícita e por conivência implícita.
Na prática, o que constatamos é que na atualidade, sob a égide do
esquerdismo-lulo-sindical, o Estado visivelmente confundiu-se com o governo, e
o pior, o território e a população formam uma nação que é serviçal, por ser
politicamente submissa à nomenklatura de seu governo.
A afirmativa é incontestável quando visualizamos o quanto é destinado dos
impostos extorquidos da população para o monstruoso cérebro e seus vorazes
tentáculos,
Ou seja, o povo de há muito existe para a sustentação de uma cúpula de
pouca valia no referente à promoção do seu bem comum, pois claramente, este bem
refere-se ao atendimento, não da população, mas dos aquinhoados que ocupam os
cargos seja no Executivo, seja no Legislativo, seja no Judiciário.
Basta olharmos para qualquer daqueles órgãos para verificar que na
prática são como sedentas sanguessugas.
Usufruem de vergonhosas mordomias, vultosos vencimentos e não se limitam a
eles, tão facilmente obtidos, porém cobrem-se de bens e de valores advindos de
negócios nebulosos e toda a sorte de maracutaias possíveis.
Mas nada lhes satisfaz, possuindo o poder de conceder-se aumentos e
vantagens vergonhosos, e sem nada para limitar os seus abusos, a cada dia
aumentam o seu quinhão ao seu próprio alvedrio.
O PT tem incentivado a criação desta aberração, pois será o grande
beneficiado, permitindo que atores coadjuvantes subam no palco de sua
pantomima, se lambuzem como beneficiários da subserviência da população, e de
comum acordo se aquietem e não perturbem a sua inexorável marcha rumo ao poder
total.
É uma ação entre amigos, quando existe um lauto bolo a ser dividido, e um
bando de servos para ser espoliado, doutrinado e ideologizado.
Assim, todos se locupletam. Depois alguém pergunta pela oposição. Na
terrinha onde todo mundo quer levar vantagem em tudo, vai ser difícil encontrar
mesmo com a mais poderosa lupa, um esboço de reação.
É patente que pouco falta para que seja institucionalizada a definição de
que o Estado brasileiro é o próprio governo e que população e território são
suas propriedades.
Falta muito pouco, mas na prática já é o que acontece.
Meus pêsames, sociedade brasileira, mas pensando bem, é disso que vocês
gostam.
Título e Texto: Gen Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília,
DF, 05 de abril de 2013.
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