Valdemar Habitzreuter

A família
variguiana/transbrasiliana/aerusiana vive nestes dias momentos de tensão e de
muita ansiedade. Vai a
julgamento no dia 11 – quarta-feira próxima – o destino de muitas pessoas que dependem
de um veredicto favorável da justiça para que possam conduzir suas vidas - em
final de rota - com um pouco mais de dignidade. Muitas dessas pessoas já não
têm mais ânimo pela vida, ou porque lhes faltam recursos para as necessidades
básicas, ou porque encontram-se doentes, e isso em decorrência justamente
porque lhes faltaram os recursos necessários na prevenção das doenças que pouco
a pouco advêm com a terceira idade.
São pessoas amarguradas pelo
que lhes aconteceu ao longo de oito anos em que lhes foi tirada a felicidade de
viver. E isto dificilmente lhes pode ser restituído, uma vez que não
conseguiram realizar seus sonhos que plantaram durante os seus anos de
trabalho, com a poupança que fizeram e em acreditar na complementação da
aposentadoria (Aerus). A esta altura do campeonato já é tarde para futuros projetos
de vida. Perdeu-se preciosos oito anos. Estas pessoas já não têm mais forças.
Mas mesmo assim gostariam de ter um final de vida mais digno e, por isso,
voltam-se para o dia 11 com muita expectativa para o que pode acontecer.
Tudo isso é lamentável, e
todos nós queremos que a justiça seja feita, embora tardia. Trata-se de sanar,
ou melhor, estancar a tremenda gangrena social que se formou com a capitulação
da Varig/Transbrasil/Aerus por falta de políticas sérias e responsáveis. Não
são os ex-trabalhadores, os culpados pela falência dessas empresas. Pelo
contrário, eles jogaram todas as suas fichas nelas com o seu trabalho honesto e
produtivo. A falsa e errônea política, essa sim, trouxe o caos a essas
empresas, muito bem traduzido no voto da eminente ministra do STF, Cármen Lúcia
na ocasião do primeiro julgamento em maio deste ano.

Apesar de toda a nossa
ansiedade no que pode acontecer no dia 11, convém que estejamos focados na
unidade do grupo. Não é apropriado a essa altura que as opiniões divergentes na
condução do processo de reivindicação dos nossos direitos ultrapassem os
limites do bom senso que possa destruir nossa união em prol de nossa causa por
dias melhores; não é apropriado que se acuse fulano ou sicrano de atrapalhar
negociações ou que foram mal conduzidas; de que muitos foram contundentes e
maldosos em seus comentários; de que deveria ter-se procedido desse ou daquele
jeito; de que falta coesão do grupo e vontade a muitos de lutar pelos direitos,
etc. etc. etc. Não é hora de trazer à tona essas querelas que enfraquecem a
unidade do grupo. Acredito que, de uma forma ou outra, todos estão contribuindo
para que o melhor aconteça. O que importa é a concentração máxima e uma
corrente só na consecução dos nossos direitos e sonhos. Todos estamos no mesmo
barco esforçando-nos para que não afunde. Se uns têm o dom da liderança e
conseguem brilhar mais, isto significa que têm o apoio do grupo, embora possa
haver divergência de opiniões que, no entanto, não devem representar ruptura da
união. O livre-arbítrio a que o José Manuel
aludiu em um texto
seu vai nesse sentido.
Viva a UNIÃO e CONCENTRAÇÃO
MÁXIMA...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 08-12-2013
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