Decisão foi comunicada pelo Ministério das
Relações Exteriores da China; não foi divulgado em que consiste essas sanções
Gabriel Oneto
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Imagem: mohamed mahmoud
hassan/ Public Domain
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A China anunciou que vai impor
sanções aos senadores norte-americanos Marco Rubio e Ted Cruz, ambos do Partido
Republicano. Essa medida tem caráter mais simbólico e é uma retaliação à
posição dos EUA sobre a repressão chinesa na província de Xinjiang.
A porta-voz do Ministério das
Relações Exteriores da China, Hua Chunying, afirmou que as sanções começam a
valer nesta segunda-feira. Essa medida, que não foi detalhada, também vai
atingir o embaixador Sam Brownback, o representante Chris Smith e a Comissão do
Congresso para a China.
“Xinjiang é um assunto interno
da China e os EUA não possuem o direito de interferir”, afirmou Hua. “Nós
exigimos que os EUA imediatamente voltem atrás das suas decisões erradas, pare
de interferir em assuntos internos da China. Nós vamos tomar novas ações de
acordo com o desenvolvimento da situação”, concluiu.
Conforme já divulgado por Oeste, o Congresso dos Estados Unidos, com o apoio de
ambos os partidos, aprovou um projeto de sanção contra autoridades chinesas que
participam da repressão ao povo uigur, em Xinjiang. Além disso, a repressão
chinesa a Hong Kong também é alvo das sanções norte-americana. A informação é
da agência de notícias Bloomberg.
Repressão aos uigur
O povo uigur possui cerca de
25 milhões de pessoas que moram majoritariamente na província de Xinjiang, no
extremo oeste da China. A região possui um forte movimento que luta pela
autonomia e que é fortemente reprimido pelo regime comunista de Pequim.
Conforme denúncia feita pela
ONU, cerca de um milhão de uigur estão detidos em campos de concentração que
são mantidos pela ditadura chinesa. Desde que o atual presidente da China, Xi
Jinping, assumiu o poder em 2015, a repressão aumentou consideravelmente.
Existem denúncias que empresas
chinesas utilizam a mão de obra escrava de prisioneiros uigur. Como já divulgamos, no dia 13 de junho a Agência de Alfândega e Proteção de
Fronteiras dos Estados Unidos (CBP) apreendeu 13 toneladas de produtos vindos
de Xinjiang suspeito de utilizar mão de obra escrava.
Título e Texto: Gabriel
Oneto, revista Oeste, 13-7-2020, 11h45
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