Bernardo Küster perdeu a monetização de
seus vídeos no YouTube depois de ter dois vídeos com críticas ao STF tirados do
ar pela rede social anteriormente
Roberta Ramos
Trending Topic no Twitter na
tarde desta quinta-feira, “o fim do canal” se refere a um vídeo gravado
pelo youtuber conservador e olavista Bernardo Küster.
Nele, o jovem explica que,
depois de ter dois vídeos em que crítica o Supremo Tribunal Federal retirado do
ar sem maiores explicações pelo YouTube, agora teve seu canal desmonetizado
pela rede social de vídeos do Google.
Ao questionar o porquê de não
ter mais propagandas em seus vídeos e, com isso, receber por eles, Küster ouviu
que seu conteúdo era nocivo e perigoso.
Mesma explicação dada pela
matriz americana para mantê-lo fora dos canais que podem receber dinheiro.
“Nocivo e perigoso são
considerados canais que ensinam a fazer bombas, a assassinar pessoas”,
espantou-se o youtuber.
De acordo com Bernardo Küster,
a desmonetização é o primeiro passo para que o YouTube cancele de vez o canal.
Apoia.se
Bernardo Küster contou também
que teve uma campanha no Apoia.se censurada.
Primeiro, pediram que tirassem
um vídeo por alegarem que continha fake news. Ele retirou, pediram
que tirasse outro e isso também foi feito. Por fim, o canal de financiamento
coletivo queria que ele retirasse um artigo do site Brasil sem
Medo do ar, o que ele se negou a fazer.
“Eles alegaram que eu não
podia ter certeza do que estava escrito lá”, disse o blogueiro. “Mas não dá
para escrever apenas sobre o que se tem certeza”.
Para Küster, além da
perseguição do STF — que sob a alegação de investigar participantes de
protestos antidemocráticos já prendeu comunicadores como o jornalista Oswaldo Eustáquio —, há
outros possíveis censores por trás da tentativa de acabar com o canal, como o
Sleeping Giants (que força empresas a tirarem patrocínio de determinados canais
e sites) e Felipe Neto.
“Ele prometeu em suas redes
sociais que correria atrás de olavistas e conservadores”.
Seja como for, se como rege a
Constituição, “é vedada toda e qualquer censura de natureza política,
ideológica e artística”, talvez este seja de fato o momento de a Justiça atuar
para impedir que apenas um lado da História tenha voz.
Título e Texto: Roberta
Ramos, revista Oeste, 9-7-2020, 17h45
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