sábado, 1 de agosto de 2020

Com dez, F.C. Porto vence a Taça de Portugal!

3 comentários:

  1. Campeões nacionais resistiram heroicamente a tudo e venceram o Benfica mesmo em inferioridade numérica (2-1), conquistando a 17.ª Taça de Portugal

    O FC Porto conquistou a 17ª Taça de Portugal do palmarés do clube e consumou a tão desejada dobradinha ao bater o Benfica (2-1), no Estádio Cidade de Coimbra, mesmo com dez jogadores desde os 38 minutos. Os campeões nacionais nunca se vergaram perante as adversidades e até estiveram a vencer por 2-0, com ambos os golos a serem apontados por Mbemba já na segunda parte (47m e 59m).

    O FC Porto foi o primeiro grande protagonista do clássico pela forma autoritária como entrou em campo, realizando 25 minutos de grande nível. Logo aos quatro, Tecatito Corona combinou com Marega, tirou Weigl do caminho e rematou de pé esquerdo para boa defesa de Vlachodimos, que negou o golo ao mexicano. Foi, de resto, a única grande oportunidade da etapa inicial, marcada inevitavelmente por uma performance horrível de Artur Soares Dias. Pouco depois de perdoar o amarelo a Gabriel, o árbitro exibiu o segundo a Luis Díaz num lance com André Almeida e deixou o FC Porto em inferioridade numérica (38m).

    A péssima atuação de Artur Soares Dias, com decisões absolutamente inacreditáveis, prosseguiu com o duplo amarelo e respetiva expulsão de Sérgio Conceição do banco portista (43m). Mesmo com dez jogadores, os campeões nacionais nunca permitiram jogadas de perigo ao Benfica no primeiro tempo. O arranque da etapa complementar dificilmente poderia ser melhor: livre de Alex Telles, Vlachodimos sai em falso e deixa a bola à mercê de Mbemba que, com muita categoria, cabeceou para a baliza deserta, dando vantagem ao FC Porto (47m). O central congolês voltou a brilhar e também foi assinado por ele o 2-0 para os Dragões.

    Otávio bateu o livre com conta, peso e medida e Mbemba apareceu solto de marcação em zona frontal à baliza, cabeceando sem hipóteses para Vlachodimos, como um verdadeiro ponta de lança (59m). Na resposta surgiu o primeiro remate do Benfica enquadrado com a baliza de Diogo Costa, mas o jovem guarda-redes portista segurou o cabeceamento de Carlos Vinícius com facilidade (62m). A partir daqui os campeões nacionais preocuparam-se sobretudo em segurar o precioso 2-0, nunca consentido qualquer veleidade ao ataque lisboeta. Com um espírito coletivo verdadeiramente assombroso, o coletivo portista voltou a ser um digníssimo representante da Invicta.

    Carlos Vinícius ainda reduziu a diferença da marca de grande penalidade (84m) e Jota rematou ao poste já em período de compensação (90m+1), mas a Taça de Portugal estava destinada a terminar nas mãos da equipa que mais fez por a merecer. O coletivo comandado por Sérgio Conceição bateu-se de forma heroica e só pode encher de orgulho o Mar Azul, que também merecia a alegria da conquista de um troféu que escapava desde 2011. Tremenda demonstração de força e de caráter daquela que é indiscutivelmente a melhor equipa de Portugal: o FC Porto. A 17.ª Taça de Portugal teve a chancela de Mbemba, sem dúvida, mas o que fica para a história, além do resultado, é a forma como os Dragões responderam a todas as adversidades. É por jogos como este que o FC Porto é um clube único.

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  2. HERÓIS DA DOBRADINHA FESTEJAM A CONQUISTA
    1 DE AGOSTO DE 2020 23:42

    A dobradinha mora na Invicta graças a um bis de Mbemba, que realçou a paixão da equipa portista na defesa das suas cores

    O FC Porto juntou a vitória na Taça de Portugal ao título de campeão nacional. No Estádio Cidade de Coimbra, onze verdadeiros Dragões lutaram contra tudo e contra todos mesmo depois de serem reduzidos a dez. A 17.ª prova rainha chega ao museu portista graças a dois golos de Chancel Mbemba. O defesa vestiu a pele de goleador e disparou duas cabeçadas certeiras para dentro das redes encarnadas. Em declarações após a conquista da Taça, o congolês falou num aproveitamento das oportunidades e na defesa do símbolo que envergou na camisola.

    Mbemba
    “Foi um jogo importante. Quero agradecer a todos os adeptos. Jogámos com muita paixão desde a primeira parte. Aproveitámos as oportunidades e fizemos todos os possíveis por marcar. Não é fácil mas consegui aproveitar as chances de golos e marcar duas vezes. Depois do cartão vermelho, fomos profissionais, não recuámos, defendemos a nossa camisola. Honrámos os adeptos, o presidente e o clube e ganhámos.”

    Danilo
    “É um sentimento muito especial fazer a dobradinha aqui. Era uma Taça que não conquistávamos há algum tempo e é sempre bom. Esta medalha significa uma época de muito sofrimento e entrega deste plantel. É uma vitória muito sofrida, depois de ficarmos reduzidos a dez elementos. Continuámos focados, sabíamos que íamos conseguir a vitória e o espírito de equipa valeu muito. Estávamos bem no jogo, mesmo antes da expulsão estávamos muito bem. Houve situações em que podíamos ter finalizado mas não conseguimos. Depois de o Luis ser expulso sabíamos que ia ser muito difícil, mas se não sofrêssemos golo íamos fazer. O mister disse isso no intervalo, para estarmos tranquilos. Se fizéssemos golo não íamos perder o jogo e acabou por acontecer isso mesmo.”

    Pepe
    “Era já habitual os nossos adeptos irem apoiar-nos ao Estádio do Dragão e não foi possível. Sentimos essa raiva por dentro, de não poder sentir o apoio deles. Entrámos bem, por aquele querer e raiva que tínhamos por dentro… um grupo que trabalhou como nos não era justo sair com uma derrota. A equipa teve uma personalidade muito grande despois da expulsão do Luis. Sofremos juntos e acreditámos que era possível ganhar. Com trabalho e humildade as coisas conseguem-se. O querer do grupo é fantástico, não parámos na pandemia. Quando ganhámos o campeonato merecíamos, fomos uma equipa muito superior no onze contra onze. Hoje, com um a menos, fomos uma equipa madura e inteligente. Estamos todos de parabéns, é uma dobradinha que conseguimos dar aos adeptos.”

    Otávio
    "Já merecíamos esta Taça há muito tempo, desde que o mister chegou. O árbitro podia fazer o que quisesse que nós não íamos perder este jogo. Estávamos muito unidos e focados nisto. Todo o universo FC Porto merece isto. Nós jogámos com dez e eles com mais três. Jogámos com menos quatro ou cinco mas não íamos perder este jogo, já estava escrito, assim fica melhor. Não tenho palavras para os adeptos. Sentimos o apoio deles. No Dragão tentaram, mas não os deixaram. Sabemos que temos de lutar contra tudo e contra todos e foi o que fizemos."

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  3. A Taça de Portugal e a dobradinha são nossas!

    Coimbra é uma lição, já se canta há muitos anos. Ontem foi uma lição de jogar e ganhar à Porto. Com dez em campo durante 60 minutos e com 0-0 no marcador no momento da expulsão de Luis Díaz, o FC Porto impôs-se ao vice-campeão e venceu por 2-1 com mérito e justiça inquestionáveis, graças a dois golos de Mbemba.

    No último dia da mais longa época de sempre, esta foi a terceira vez em três possíveis que os campeões nacionais derrotaram a equipa que um racista que não é tóxico declarou em janeiro que já tinha o título na mão e era a “Juventus de Portugal”. A oitava dobradinha da história do FC Porto foi a sétima com Jorge Nuno Pinto da Costa como presidente e a quinta no século XXI.

    Foi, também, a segunda de Sérgio Conceição, que como jogador já tinha participado nas conquistas de 1997/98 e que se tornou a primeira figura do clube a vencer campeonato e taça na mesma época como atleta e como treinador. Ontem acompanhou mais de metade do jogo a partir da bancada, devido ao que Vítor Bruno descreveu como uma atitude excessiva da equipa de arbitragem: “Não vi rigorosamente nada além de uma reação a um cartão amarelo exagerado numa final”.

    Sobre o resto do jogo, o treinador-adjunto salientou que “o FC Porto controlou, dominou e conseguiu manietar o corredor central do Benfica” enquanto jogou com onze contra onze. Depois, adaptado às novas circunstâncias, soube “ferir o adversário” e aproveitar as bolas paradas para decidir a final a seu favor. Perante todas as adversidades, a “equipa encarnou o povo do Norte”, que como se sabe é “nobre, leal, humilde, trabalhador e nunca vira a cara à luta”.

    Seis anos depois de ao serviço do Anderlecht ter bisado frente ao Galatasaray num jogo da Champions, Mbemba subiu várias vezes à área adversária para voltar a marcar dois golos e ser a grande figura da noite. No momento de refletir sobre o triunfo, o central destacou a atitude do grupo – “fomos profissionais, não recuámos, defendemos a nossa camisola” – e referiu que todos honraram “os adeptos, o presidente e o clube”.

    Essa tríade está presente, também, no texto que Jorge Nuno Pinto da Costa publicou no programa oficial do encontro e que é dedicado à ausência de público nas bancadas do Municipal de Coimbra, caracterizada como “uma opção política que resulta do desprezo de quem nos governa pelo futebol”. Na verdade, como se ouviu na transmissão televisiva, o FC Porto contou com um apoio ruidoso nas bancadas, protagonizado pelos membros do plantel que não foram a jogo e por outros elementos da estrutura, em mais uma manifestação da união e da solidariedade que são dois dos pilares fundamentais do sucesso deste clube e que também ficaram bem evidentes no momento em que Iker Casillas se juntou a Danilo Pereira para erguer o troféu.
    Dragões Diário, 2-8-2020

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