A estrutura que circunda todo o Corcovado é
protegida pelo Iphan, que desde 2008 tombou a estátua e todo o seu entorno
Victor Serra
O vídeo mostra uma vendedora
de um bar localizado nas escadas de acesso ao Cristo Redentor usando os
balaústres tombados como balcão para vender bebidas a turistas. Na gravação,
ela apoia uma bandeja sobre a estrutura e repassa os produtos para os visitantes,
que realizam a compra no local.
O problema é que os balaústres que circundam todo o Corcovado são protegidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que desde 2008 tombou a estátua do Cristo Redentor e todo o seu entorno, incluindo as estruturas construídas cerca de 20 anos após a inauguração do monumento, em 1931. O uso inadequado dessas construções para fins comerciais, como é visto no vídeo, infringe as normas de preservação do patrimônio histórico.
O ICMBio informa que a vendedora que aparece no vídeo não é uma funcionária do Instituto. Ela é uma funcionária da permissionária da concessionária Paineiras-Corcovado, que é uma das duas empresas que têm autorização para atuar no Alto Corcovado.
A gestão do Corcovado e do
Parque Nacional da Tijuca, onde o Cristo Redentor está localizado, é
responsabilidade do ICMBio, Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade, vinculado ao Ministério do Meio
Ambiente. O órgão, que gerencia as unidades de conservação federais,
incluindo a cobrança dos ingressos dos visitantes, informou que irá apurar o
que é mostrado no vídeo justamente para manter a integridade do patrimônio
tombado.
Título e Texto: Victor Serra, Diário do Rio, 23-3-2025
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