terça-feira, 25 de março de 2025

No recreio da política

Henrique Pereira dos Santos

O Bloco de Esquerda está desesperadamente a tentar recuperar algum do eleitorado que fugiu para o PS e para o Livre.

Como sempre foi um partido especialmente focado na juventude, tiveram uma ideia brilhante para aumentar o número de deputados: foram chamar uns dinossauros para entreter a criançada.

O dinossauro principal não se fez rogado, quando uma criança lhe perguntou: "Estava com saudades do parlamento, ou é um pequeno sacrifício que faz?" (atenção, embora o post seja a reinar, esta pergunta é verdadeira, feita por uma jornalista do Público, aliás, tudo o que estiver entre aspas é de uma entrevista ao dinossauro excelentíssimo), ele entra na brincadeira sem hesitação.

"É uma resposta a uma emergência... Nós temos um fascista na Casa Branca… Temos discursos canalhas como o de Marke Rutte ou de outros, a dizer que daqui a três anos podemos estar em guerra".

Resumindo, quer o dinossauro excelentíssimo, quer os dirigentes do Bloco ("A Mariana bateu-me à porta dizendo isto mesmo") estão fortemente empenhados em responder à emergência criada pela eleição de Trump e pelo reforço do pilar europeu da Nato, razão pela qual decidiram dar uma resposta fortíssima e excepcionalmente bem conseguida a este contexto: candidatar Francisco Louçã por Braga.

E têm razão, mais nenhum partido seria capaz deste arrojo e desta coragem para responder à altura das circunstâncias.

Título e Texto: Henrique Pereira dos Santos, Corta-fitas, 25-3-2025 

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