sábado, 22 de março de 2025

[Versos de través] Aquela velhinha

Que linda aquela velhinha 
Sentada à luz da lareira!
Fia, fia – é fiandeira –
Vai moldando o brando linho
P’ra o enxoval da netinha…

E enquanto os dedos, fiando,
Ora andando e desandando
Mecanicamente vão…
Quem sabe se, nesse instante,
A mocidade distante
Lhe fia o seu coração?


Vaz Craveiro
Faculdade de Medicina, Queima das Fitas, Coimbra 1967


Anteriores: 
A menina, o mendigo e a esmola 
Vilancete 
Soneto da Madona 
Cântico negro 
Mensagem

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-