Trago sempre os meus sentidos!
Se Vos não vejo algum dia
Eu passo horas a ver-Vos,
Com olhos de fantesia,
Sem receio de perder-Vos.
Por vossa feitiçaria
Trago os olhos iludidos
Senhora dos meus sentidos…
Tanto pode esta soidade,
Senhora do meu viver.
Que sempre estou a Vos ver
Sem Vos ver na realidade!
E nem já sei se é verdade
O ver-Vos quando Vos vejo,
Ou não ver-Vos se Vos vejo!
Por Vossos olhos ceguei
Que não sei ver nada mais,
Dês que um dia Vos olhei,
Que as graças que me amostrais!
Abençoada sejais
Senhora dos meus sentidos,
Po-los trazer iludidos!...
Américo Cortez Pinto
Faculdade de Medicina, Queima das Fitas, Coimbra 1967
Anteriores:
Soneto da Madona
Cântico negro
Mensagem
Contas do tempo
Trago os olhos iludidos
Senhora dos meus sentidos…
Tanto pode esta soidade,
Senhora do meu viver.
Que sempre estou a Vos ver
Sem Vos ver na realidade!
E nem já sei se é verdade
O ver-Vos quando Vos vejo,
Ou não ver-Vos se Vos vejo!
Por Vossos olhos ceguei
Que não sei ver nada mais,
Dês que um dia Vos olhei,
Que as graças que me amostrais!
Abençoada sejais
Senhora dos meus sentidos,
Po-los trazer iludidos!...
Américo Cortez Pinto
Faculdade de Medicina, Queima das Fitas, Coimbra 1967
Anteriores:
Soneto da Madona
Cântico negro
Mensagem
Contas do tempo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-