Dorme o menino, amor, no teu regaço;
e em tua graça e feminino jeitoés a Madona que, em materno abraço,
aconchega Jesus-Menino ao peito.
Em teu olhar doente de cansaço
é noite-velha e sempre dia feito:
solzinho do Senhor com que eu engraço;
noite p’ró seu soninho satisfeito…
Até que um outro lar lhe chame os passos,
arrecada-o bem dentro dos teus braços
num embalar suavíssimo de berço;
e as lágrimas, amor, dos teus carinhos,
chorá-las-emos, ao depois, sózinhos,
como quem reza infantilmente um Terço…
Celestino Gomes
Faculdade de Medicina, Queima das Fitas, Coimbra 1967
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