Sobre as duas colinas do teu seio,
Parecem-me divinas!...
As tuas mãos, esculturais, esguias,
Se acarinham meu rosto fatigado,
São cetinosas como as peônias!...
Têm o poder dum bálsamo encantado!
As taus mãos, se eu as diviso, enquanto
Em certos gestos tu as movimentas,
Semelham folhas de acanto…
Ou gaivotas pairando pachorrentas,
Tomadas de quebranto.
E quando, erguendo a Deus alguma prece,
As tuas mãos se juntam a rezar,
O desenho das duas me parece
Uma ogiva gótica de altar!
Alberto Costa
Faculdade de Medicina, Queima das Fitas, Coimbra 1967
Anteriores:
Aquela velhinha
A menina, o mendigo e a esmola
Vilancete
Soneto da Madona
Cântico negro
As taus mãos, se eu as diviso, enquanto
Em certos gestos tu as movimentas,
Semelham folhas de acanto…
Ou gaivotas pairando pachorrentas,
Tomadas de quebranto.
E quando, erguendo a Deus alguma prece,
As tuas mãos se juntam a rezar,
O desenho das duas me parece
Uma ogiva gótica de altar!
Alberto Costa
Faculdade de Medicina, Queima das Fitas, Coimbra 1967
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