Diego Muguet
The Fake Judge: A História de uma Nação nas Mãos de um Psicopata. Esse não é um título qualquer. É uma sentença. É o cinema europeu escancarando para o mundo aquilo que muitos brasileiros já sentiam na pele: que a toga virou trono, que a caneta virou baioneta, e que a Constituição, tantas vezes invocada, foi sequestrada por quem deveria protegê-la.
Esse documentário não é só sobre Alexandre de Moraes. Ele é sobre a degradação da democracia no Brasil. É sobre o momento em que um ministro do Supremo se coloca acima dos três poderes, decide o que pode ou não ser dito, quem pode ou não ser preso, quem pode ou não existir no espaço público. É sobre censura travestida de legalidade, sobre inquéritos sem fim, sobre um regime judicial que escorreu para a tirania.
E o impacto é imediato: duas sessões em Lisboa, duas explosões de bilheteria, casa lotada, público vibrando como se estivesse num julgamento histórico, porque era. O tribunal era simbólico, a tela era a tribuna, e o mundo inteiro começava a assistir o Brasil sendo julgado não pelo povo, mas pela sua própria elite togada.
E o que isso significa para além das fronteiras? Significa que o Brasil já não pode mais esconder sua crise institucional. A crítica não é mais interna, não é mais de bolsonaristas ou opositores. Agora ela é global, agora ela tem legendas em inglês, agora ela ecoa em plateias americanas e europeias. E quando essa narrativa cruza o Atlântico, o que acontece? Acontece que os Estados Unidos olham e dizem: “então é isso que está acontecendo lá?”. E a tradução política disso é simples: sanções. Mais sanções. Ainda mais isolamento.
O filme não é neutro, e não pretende ser. Ele acusa, ele expõe, ele dramatiza. E é justamente por isso que funciona. Porque em tempos de censura, só a denúncia nua e crua é capaz de romper a bolha. E se o STF achava que sua blindagem era impenetrável, agora precisa lidar com algo mais corrosivo que qualquer crítica interna: a vergonha internacional.
O Juiz Falso é, portanto, mais
do que um documentário. É uma peça de resistência. É um farol aceso em plena
tempestade, iluminando não só o autoritarismo de Moraes, mas a complacência de
todo um sistema. É o Brasil nu diante do mundo, e o mundo perguntando: até
quando?
Título e Texto: Diego Muguet, X, 18-8-2025, 1h02
Assisti ontem à noite ao documentário “The Fake Judge”, em Orlando. Sérgio Tavares (@canalsergio2) conseguiu, em 2h de filme, resumir de forma magnífica a história da ditadura judicial brasileira. O trecho com os presos do 8 de janeiro é emocionante.
— Ludmila Lins Grilo (@ludmilagrilo11) August 17, 2025
Parabéns, Sérgio!
O filme… pic.twitter.com/Wq3ByIaPSx
Resquícios da visita matinal ao X...
15-8-2025: Oeste sem filtro – Toffoli anula todas as ações da lava-jato + Moraes inclui Silas Malafaia em “inquérito” + Trump e Putin reunidos
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A favor do assalto...
O cara saiu de fritador de hambúrguer para manipulador do homem mais poderoso do planeta terra!
A comunidade jurídica está achando normal isso?
13-8-2025: Oeste sem filtro – Lula diz que não quer negociar tarifaço com Trump + STF convoca influenciadores para tentar limpar a imagem
Os governadores de oposição precisam interromper suas agendas, ir a Brasília e exigir a votação imediata da anistia. O Brasil não pode continuar submetido a uma perseguição implacável. É inadmissível que abusos se perpetuem. Já não é possível fingir normalidade diante da situação atual do Brasil.
ResponderExcluirTentei, até agora, ser a pessoa mais paciente possível diante desses chamados “governadores democráticos”. Mas os fatos, todos os dias, me provam que não há como levar nenhum desses sujeitos a sério.
ResponderExcluirEnquanto Jair Bolsonaro está preso, doente e sendo lentamente assassinado a cada dia que passa, Clezão está morto, Silveira a beira do colapso, Filipe Martins torturado diariamente, milhares de presos políticos sangrando a alma na cadeia e os tais “direitistas” se calam. Não colocam, de forma espontânea, a destruição dos direitos humanos em pauta que transformam o Brasil numa Venezuela cristalinamente.
Estão preocupados apenas com seus projetos pessoais e com o que o mercado manda. - Isso é desumano, sujo, oportunista e canalha. Não existe outra forma de qualificar tais atitudes. Fingem que vão resolver algo, falam em indulto para os perseguidos da falsa “trama golpista”, mas depois se escondem atrás da “prudência e sofisticação técnica”, lavam as mãos e seguem seus governos como se nada tivesse acontecido. Alegam ter feito sua parte, mas não passam de cúmplices covardes.
A verdade é dura: todos vocês se comportam como ratos, sacrificam o povo pelo poder e não são em nada diferentes dos petistas que dizem combater. Limitam-se a gritar “fora PT”, mas não entregam liderança, não representam o coração do povo. Querem apenas herdar o espólio de Bolsonaro, se encostando nele de forma vergonhosa e patética. - Isso é pueril, desumano e de uma falta de caráter indescritível. Não há como não sentir indignação diante desses sujeitos. - Este é o desabafo de um brasileiro que sente vergonha daquilo que vocês tentam representar.