terça-feira, 12 de agosto de 2025

Oi deixa empresas do Centro do Rio sem telefone fixo nesta segunda-feira

Segundo informações, o problema decorreria do furto de cabos, problema cada vez mais frequente na cidade. Muitas empresas dependem da telefonia fixa para receber clientes e alegam prejuízos

Bruna Castro

Hoje, 11 de agosto, os funcionários das empresas que funcionam no entorno da tradicional rua da Assembléia, no Centro Histórico do Rio de Janeiro, foram surpreendidas ao chegar para trabalhar e encontrar suas linhas de telefone totalmente mudas. O problema atinge todos os clientes da operadora Oi – que está em recuperação judicial – que têm linhas fixas na região. Mesmo os que têm serviços de fibra ótica amanheceram com o problema. A rua da Assembleia é uma das mais movimentadas do Centro e sedia diversas empresas de todos os tipos, estando dentre as que se mantiveram mais ocupadas após a pandemia.

A operadora garantiu às empresas sediadas no tradicional Edifício Villela Monteiro que as linhas seriam restabelecidas na parte da tarde de hoje (11/08). Porém, nada ficou resolvido. O edifício, que tem clínicas, escritórios de advocacia, empresas de consultoria, administradoras e corretoras de imóveis continua sem sinal da Oi no momento da publicação desta reportagem. Segundo nota do síndico do edifício construído em 1966, “a operadora não cumpriu o combinado e agora passou a previsão para a manhã de terça feira (12/08)”. Ainda segundo o síndico, a operadora diz que o problema é resultado da ação de ladrões de cabos e fios, que nos finais de semana e à noite atacam as caixas de passagem, furtando os cabos, atrás de cobre e metais para vender aos ferros velhos ilegais.

De Centro Financeiro de um país inteiro a um lugar onde sequer se consegue ter acesso a uma linha de telefone empresarial“, dispara Maria Izabel Castro, do movimento União, Trabalho e Centro. Castro, que também integra o tradicional Polo das Confeitarias, explica que “todos os dias, são roubados não só fios como também pedaços de monumentos históricos de valor inestimável, além de grades e parapeitos de imóveis e tampas de bueiros“. Ela explica que para os corretores de imóveis, advogados e empresas de consultoria o não funcionamento da telefonia fixa ainda causa muitos prejuízos. A empresária falou também dos constantes arrombamentos noturnos a comércios locais.

Título e Texto: Bruna Castro, Diário do Rio, 11-8-2025 

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