segunda-feira, 6 de junho de 2011

Eleições legislativas em Portugal na imprensa internacional

Le leader du PSD, Pedro Passos Coelho, et sa femme, à Lisbonne, le 5 juin 2011. Photo: AP/Francisco Seco
Large victoire de la droite aux législatives portugaises
La droite portugaise a largement remporté, dimanche 5 juin, les élections législatives au Portugal sur fond de grave crise financière, infligeant une sévère défaite au premier ministre socialiste, José Socrates, qui laisse la place au libéral centriste Pedro Passos Coelho. (...)


New York Times
Social Democrats Claim Victory in Portugal
By  Raphael Minder
Portugal’s Social Democrats unseated the governing Socialists with a resounding parliamentary election victory on Sunday, giving the next government a strong mandate to enact a tough austerity program in return for 78 billion euros, or about $114 billion, international bailout.
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Pedro Passos Coelho foi o único deputado que recusou receber a subvenção vitalícia da Assembleia da República

A longa marcha de Pedro Passos Coelho
Candidatou-se à Câmara da Amadora e perdeu, foi eleito à segunda líder do PSD e ontem conseguiu mais deputados que toda a esquerda.

O novo primeiro-ministro de Portugal nunca fez parte de nenhum governo, mas começou cedo na política. Era um menino sério, "um parvo", diziam os seus amigos do liceu Camilo Castelo Branco, em Vila Real, que não compreendiam por que raio de razão o Pedrocas gostava mais de falar com os amigos do pai do que com eles.

Pedro Manuel Mamede Passos Coelho nasceu em Coimbra em 24 de Julho de 1964. Os pais eram de Trás-os-Montes, família de pequenos industriais de madeira. O seu pai, António Passos Coelho, é médico pneumologista e foi dirigente do PSD em Vila Real.

Foi a política que o trouxe a Lisboa. Veio para estudar Matemática. Mas a JSD tomava-lhe todo o tempo. Foi secretário-geral aos 20 e presidente aos 26. Eleito deputado em 1991, viria a integrar a Comissão Política Nacional (CPN) do PSD de Cavaco Silva. Muitos se lembram de o jovem Pedro ter feito frente a Cavaco Silva. Um dos motivos era a política de Educação. Era então ministra, curiosamente, Manuela Ferreira Leite.

Passos Coelho teve como secretário-geral Miguel Relvas, que ainda hoje é o seu braço-direito. Mas havia outros. Como Jorge Moreira da Silva, que também foi seu secretário-geral e lhe sucedeu na liderança após três mandatos na Jota.

Um dos episódios em que Passos mostrou a sua frieza passou-se com o seu amigo Luís Nobre, hoje advogado. Manuel Dias Loureiro, braço-direito de Cavaco Silva no PSD, apresentou a Passos a lista da CPN a qual incluía apenas um representante da JSD, o próprio Pedro. Passos foi inflexível: ou Luís Nobre entrava na lista ou ele saía. A lista, que já estava pronta, foi mesmo alterada. E ninguém soube que houvera um braço-de-ferro e que este fora ganho por Passos.

A mesma discrição foi usada, muito mais tarde, quando abandonou a CPN presidida por Marques Mendes. Passos deixou de ser vice-presidente e ninguém soube os motivos pelos quais se zangara com Mendes. Manteve a lealdade até ao fim. Sem comentários.

Outro episódio que retrata bem Pedro Passos é a sua recusa de receber a subvenção vitalícia da Assembleia. Foi o único deputado que a recusou. E fê-lo por uma questão de princípio. Hoje inicia uma nova fase, sem alimentar triunfalismos.
Inês Serra Lopes, jornal "i", 06-06-2011

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sábado, 4 de junho de 2011

Sócrates, o José, não se deixou aproximar na campanha

Sócrates desceu o Chiado ao lado de Mário Soares, Manuel Alegre e Almeida Santos. Foto: Nuno Ferreira Santos/Público

O comício de ontem no Porto consolidou uma vontade popular de mudança. Depois da concorrida arruada por St.Catarina, a Praça D.João I encheu-se para dizer ao país que também o Norte, anseia por um verdadeiro governo para o país, livre de mentiras, de faz de conta, de défice democrático, e com um verdadeiro objectivo de desenvolvimento.
Sócrates mostrou ser chefe de uma máquina que triturou e engoliu um partido. Mas a máquina parece não estar a conseguir controlar todas as variáveis, especialmente o descontentamento popular e ontem à noite voaram ovos em Barcelos; também um popular que se manifestava foi intimidado pelas autoridades (depois de Faro e Torres Vedras). Sócrates não se aproxima do povo, anda sempre rodeado de muita segurança, compreende-se... mas isto não é o PS. Soares por exemplo detestava a segurança e aproxima-se das pessoas. Passos, Portas, Louça e Jerónimo aproximam-se do povo, são naturalmente afáveis. Quem não se sente bem entre os portugueses não pode ser bom 1º ministro.
Ainda pelo Norte, não resisto a falar do caso Coentrão. Depois do caso Figo, Sócrates parece não ter aprendido nada e a cena repete-se. Não vale a pena descrever o caso, somente o testemunho de Coentrão: esteve presente somente pelo forte apelo de Mário de Almeida, o seu padrinho, sem nunca referir um apoio a Sócrates - o rapaz esguio no futebol, também o mostrou ser na politica.
Texto: ARGIVAI online
Título e Edição: JP

Senhora presidente, não votei na senhora.

Aliás, em São Paulo, o lulismo nunca deu muito certo. Vocês já disputaram várias eleições por aqui. Para governador não levaram nenhuma. E isso desde a fundação do PT. Já em 1982, quando foi realizada a primeira eleição direta para o cargo - eu bem me recordo -, o próprio Lula se apresentou como candidato e levou uma bela surra: acabou em quarto lugar. Eleições para presidente, de seis vocês só levaram uma, a de 2002. E já no pleito seguinte foram sovados novamente
O povo daqui é ordeiro e trabalhador. Vai ver que é por isso que não gosta de vocês. Pelo menos a maior parte dele. A gente torce o nariz à forma como os petistas fazem política.
Vocês se deram bem no começo por se dizerem diferentes de tudo o que existia. Agora, quatro décadas passadas, continuam a se achar assim. São ripongas, ou seja, hippies fora de época: gente que não soube envelhecer com dignidade.
O fato é que a hora da revolução já passou. E, quando passou, vocês estavam dormindo. Paciência. Como leão desdentado também ruge, vocês, petistas, acreditam poder continuar na estrada.
Naquelas "pré-históricas" eleições de 1982, o slogan do partido era: "Vote em Lula, um brasileiro igualzinho a você". Para reforçar o apelo, o candidato deixou a gravata e o paletó de lado e comparecia aos debates televisivos apenas com uma camiseta. Não funcionou. Pesquisas posteriores demonstraram que as pessoas, em geral, pensavam: "Se ele é igual à gente, por que não vem aqui pegar no pesado? Nós queremos votar em alguém que seja melhor".

As opções na educação

O que antes imaginávamos serem regras básicas da educação, como tratar os mais velhos por senhor ou senhora, hoje virou sinônimo de intransigência, de que não seria isso que faria haver ou não o respeito para com eles.
O simples fato de chamar uma pessoa assim poderia não mudar, mas muda sim, e muito. Não pelo simples senhor ou senhora, mas pelo fato disso fazer com que a criança entenda, desde cedo, que há, e precisa haver, determinada diferença, hierarquia, entre ele e seus pais, vizinhos, professores, e toda a sociedade.
Para quem, como eu, sempre viveu próximo ao campo, isso é básico, pois em todo o reino animal e vegetal podemos observar certa hierarquia. Nenhuma semente nasce se coberta pela sombra de quem a gerou. Ela precisa ser movida por algum animal, ave, chuva ou vento para, longe dali, receber os raios de sol, a chuva, e assim brotar.
Nenhum animal próximo do homem, como os bezerros e potros chegam perto do território de seus pais, touros e garanhões, e sabemos que nos animais selvagens ocorre o mesmo com os leões, elefantes e todos os outros. Os leões jovens só se aproximam das fêmeas, tentando copular com estas, quando já estão em condições físicas de lutar com o adulto que as domina e derrotá-lo, assumindo seu posto.

As dez pessoas mais estranhas do mundo

Recebi de Ane Horst, por e-mail. Procurei o original na internet mas não encontrei, portanto não sei quem bolou esta lista, nem se ela é verdadeira. Mas "se non è vero, è ben trovato"... 

1 - A mulher que tem orgasmos sem parar 

O barulho de um trem, o secador de cabelo, uma máquina fotocopiadora - tudo isso é motivo para Sara Karmen, uma britânica de 24 anos, sentir um orgasmo. Somente durante os 40 minutos de uma entrevista ao jornal News of The World, ela teve 5 orgasmos.

A moça sofre da Síndrome de Excitação Sexual Persistente, que faz com que ela fique excitada por grandes períodos de tempo, mesmo sem ter um estímulo sexual.

“Às vezes tenho muitas relações sexuais, na tentativa de acalmar-me, mas o meu namorado se chateia, porque atinjo o orgasmo com facilidade” – conta Sara. 

Ela explica que a síndrome aumentou depois que ela completou 19 anos, logo após começar a tomar antidepressivos. “Depois de algumas semanas, passei a sentir cada vez mais excitação. Tudo começou na cama, e o meu namorado estranhou a quantidade de orgasmos que eu atingia durante o ato sexual.”

Caro (ex) Governador José Serra:

Fiquei muito surpreso em receber vossa newsletter. Infelizmente vossa senhoria não ganhou as eleições.
Não ganhou porque não falou dos crimes do PT, não falou do dinheiro enviado para a Venezuela, Bolívia, Paraguai e Cuba. Não falou dos investimentos brasileiros na rede hoteleira de Cuba, no metrô da Venezuela e nas refinarias da Bolívia (ex-Petrobras). Nem do aumentinho para Itaipu...
O Senhor não falou dos assassinatos ligado ao prefeito assassinado Celso Daniel. O Senhor não falou do Foro de São Paulo e das ligações de Lula com as FARC.
O Senhor não falou do passado da Dilma, nem de do Zé Dirceu, nem de do Palocci.  
O Senhor só falou de câncer na próstata, hospitais e da saúde. O Senhor falou apenas o mínimo necessário para deixar a Dilma ganhar.
Quando Alckmin disputou a reeleição de Lula, ele também deu de barbada a vitória para Lula. Agora o mesmo feito repetiu-se e mostrou com clareza que, além de não ser oposição, o PSDB é o irmão gêmeo do PT. O que foi feito foi apenas mostrar ao país uma falsa democracia: poderíamos escolher entre esquerda, esquerda e esquerda. Ganhou a esquerda mais preparada a mentir.  
Não quero saber nunca mais de PSDB nem de Fernando Henrique... esse, cada vez menos. Aquele à qual tínhamos algum respeito, agora quer transformar o país na nova Holanda das drogas. Muito bom. Alem de sermos ponto turístico da prostituição - adulta e infantil - o nosso país pode tornar-se a meca do turismo... das drogas. Também não quero saber de quem defende um ministro salafrário que ganhou 20 milhões em um ano, enquanto um empresário não consegue isso nem em três encarnações. Quem defende bandido, é BANDIDO!  
Sr. Serra, PT saudações.
Marcelo Noll Prudente
Ex-eleitor do PSDB
Charge: Ivan Cabral

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Aniversário da mãe Varig (7 de maio)

Olá!
Que bela mãe!
Do filme "O garoto", de Charlie Chaplin
Mãe que abandonou os seus "filhos". Mãe de "pais" bandidos e desprovidos de caráter.
A única coisa que me cabe lutar é para que tenhamos os nossos benefícios de volta e ponto final. Com a qualidade administrativa que a pioneira teve ao longo do tempo, onde as bases principais lutavam pela hegemonia da Varig; grupos que ao longo do tempo, nada faziam além de roubar os "ovos de ouro"; quando mataram a "galinha dos ovos de ouro", deu no que deu; pagou o preço da própria incompetência e, hoje pagamos o preço da leviandade executiva de diretores da Varig e FRB, com as nossas vidas.
Recentemente houve até quem homenageou um antigo presidente da pioneira? Ele tinha sido do Unibanco e a única coisa que fez, o fez em benefício do banco retirando a grana que a Varig devia.
Me desculpem, mas não compartilho desse saudosismo que não leva a nada. A Varig não existe mais, da mesma forma que a Aerovias Brasil, a Real Transp. Aéreos, a Nacional, a Itaú cargueiro, A Panair do Brasil, a Cruzeiro do Sul, a Transbrasil e a Vasp, (isso sem contar empresas pequenas como a Pantanal e outras). E o que falar de outras empresas internacionais de peso, como A PanAmerican e a Braniff?
Sem mais,
Waldo Deveza

Comprar Português

Poderei enfermar desse nacionalismo requentado nesta era de globalização, valorizando os produtos portugueses e adquirindo-os, quando:
Valorizarem o produto do trabalho dos serviços públicos portugueses;
Respeitarem os funcionários públicos portugueses reconhecendo-lhes condições de trabalho;
Admitirem que são necessários mais funcionários públicos portugueses para melhores serviços;
Deixarem de cortar o meu salário e de, mais uma vez, congelarem a minha progressão na carreira.
Aí sim, valorizando o produto do meu trabalho estarei disponível para, com igualdade, valorizar o produto do trabalho de outros portugueses. Até lá, porque o orçamento familiar é parco e porque – sem me pedirem a opinião – estamos numa união europeia, procurarei os produtos de acordo com a qualidade/preço, e não de acordo com as suas nacionalidades.
Ana R., in “Visão”, Nº 951

Varig: restos à venda

"Globo"
Ativos da velha Varig à venda 
Centro de treinamento e 5 estações de rádio da falida aérea vão a leilão este ano 
Vão a leilão ainda este ano dois ativos ainda em operação da massa falida da Varig. Jaime Canha, gestor judicial das atividades continuadas da finada aérea, planeja pôr à venda no próximo semestre o Centro de Treinamento Operacional, conhecido como FAC, e cinco estações de rádio da companhia. As unidades rendem R$1,2 milhão por mês, diz Canha. O complexo FAC, na Ilha do Governador, está avaliado em R$73 milhões, incluindo terreno, prédios, área de treinamento e três simuladores de voo. As quatro estações de rádio no Sul e uma no Rio valem R$1,8 milhão, segundo o gestor nomeado pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial do TJ-RJ. A brasileira Embraer e a canadense CAE já demonstraram interesse no centro de treinamento. Canha pretende apresentar o projeto e a avaliação do FAC a aéreas brasileiras que não têm unidades de treinamento, caso da VRG (a nova Varig) e da Webjet. Até o grupo EBX, de Eike Batista, já buscou informações. Hoje, o FAC opera com um simulador de Boeing 737, que fatura US$350 por hora de uso. Outro simulador 767 aguarda certificação da Anac para operar. O terceiro, de 737-200, está em manutenção. “São ativos que ainda têm valor, porque há aviões desse tipo voando no Brasil”, diz Canha. Desde a decretação da falência, em agosto de 2010, o faturamento da empresa cresceu 25%. As cinco rádios são usadas pelas aéreas para operações de pousos e decolagens no Sul no Brasil e para comunicação com seus aviões. 
O Boeing 737-300 PP-VNZ da VARIG, visto em Campinas. Foto: Eder Avelino Andrade / Cavok

Greves no Brasil! Em São Paulo, claro!

Estava eu pensando, mais uma vez, na absoluta (e vergonhosa) domesticação do sindicalismo brasileiro - conhecemos o domador-mor - quando recebo, (ontem, mas só agora tenho tempo de atualizar este blogue) esta notícia da CBN:

Ferroviários e governo de SP não entram em acordo e greve de trens é mantida


Terminou sem acordo a reunião do secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, com representantes dos ferroviários do estado. Os trabalhadores pedem aumento de 5%, mas o governo ofereceu 3,07%. Nesta quinta-feira, a paralisação foi ampliada para todas as seis linhas da CPTM. Cerca de 2,5 milhões de usuários de trens em 22 cidades da Grande São Paulo são afetados.

Que coincidência? Greve em São Paulo! Lógico. Outras se seguirão, até derrubarem ou destruirem aquele bastião. Perceberam, certo?

Alaska Airlines substitui manuais de voo por iPads

Foto: Divulgação

Agência EFE
Os 600 gramas dos dispositivos substituirão os mais de 11 quilos dos 41 manuais e documentos que os pilotos são obrigados a levar em cada voo
A companhia aérea Alaska Airlines decidiu substituir os manuais de voo tradicionais por versões em formato eletrônico que os seus pilotos poderão consultar nos iPads e que ajudarão a reduzir o peso nos aviões.
"Como parte de um contínuo esforço para usar a tecnologia e reforçar a segurança dos voos, aumentar a eficiência e proteger o meio ambiente, Alaska Airlines oferecerá iPads a seus pilotos", anunciou nesta sexta-feira (27/05) a companhia em comunicado.
O documento explica que os 600 gramas dos dispositivos substituirão os mais de 11 quilos dos 41 manuais e documentos que os pilotos são obrigados a levar com eles em cada voo, enquanto seu formato eletrônico permitirá fazer buscas mais rápidas pelos textos.
Além disso, "atualizar estes materiais de referência agora poderá ser feito com um só clique na tela do iPad, substituindo o trabalhoso processo de folhear as páginas uma por uma", explicou a companhia aérea, que já provou a iniciativa entre alguns de seus profissionais e prevê distribuir os dispositivos da Apple entre todos seus pilotos até início de junho.
"Tínhamos estudado a ideia de um formato eletrônico dos documentos de voo durante anos, mas nunca tínhamos encontrado um dispositivo que realmente nos convencesse", explicou o vice-presidente de operações de voo do Alaska Airlines, Gary Beck, no comunicado.
A empresa estuda também substituir os mapas físicos de navegação por versões eletrônicas para o iPad e assegura que ambas iniciativas poderiam economizar um grande consumo de papel.
Fonte: Agência EFE/Revista Época

Somos todos otários - Diferenças entre Neymar e Messi

Gustavo Poli
Muito, ou demais, citamos Fernando Pessoa – e sua autopsicografia (o poeta é um fingidor, finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente). Citamos tanto que virou clichê. Mas a tentação de citá-lo aqui é grande – porque esses quatro versos resumem um pouco o tema desta pequena crônica.

Desde Leônidas, olhamos futebol – e sentimos futebol – como um espetáculo mais que competitivo. Vemos ali o componente artístico, estético – um componente que nos faz achar razoável pagar dinheiro grande para assistir 90 minutos de Barcelona. Que nos faz olhar para um ingresso de jogo do Messi como se fosse um ticket de concerto de Mozart.

“Eu vi, eu vi Mozart de perto” não é uma frase qualquer. “Pelé teve um só – como Beethoven”, por sua vez, é uma frase … do próprio e sempre modesto Pelé. Pois bem, como sabemos, Pelé e Mozart nem sempre estão disponíveis. E o mesmo futebol que nos oferece um Barcelona de Messi (um Santos dos anos 60, um Ajax dos anos 70) por década – nos oferece também o outro lado da moeda. A arte menor – e ruim – da falsificação.

Desde que começa a chutar qualquer bola, o jogador brasileiro aprende a ser malandro. Seu primeiro verbo é driblar. E driblar o que vier pela frente – seja adversário, juiz ou regras. É isso que nos garante a produção de craques-em-série. Mas nos garante também a produção de falsos malandros em série.

São muitas as diferenças entre Neymar e Messi. Estilo, penteado, característica, potencial. Messi é um craque mundial. Neymar pode vir a sê-lo. Hoje, porém, há algo que os separa de forma precisa: Messi não se joga. Quando cai é porque foi derrubado. Neymar, como todos os atacantes brasileiros, aprendeu a fazer do mergulho uma tática.


quinta-feira, 2 de junho de 2011

Saiba quais os telemóveis/celulares mais e menos seguros

A Organização Mundial de Saúde classificou os telemóveis como produtos «possivelmente cancerígenos». Um site especializado em tecnologia francês revela agora uma lista com as marcas dos aparelhos mais e menos nocivos.
A lista revela os 10 equipamentos que emitem menos ondas nocivas e os 10 que emitem mais, além de uma lista completa com as radiações em todos os modelos de telemóveis existentes no mercado.



Os 10 modelos mais seguros:
1. Samsung Galaxy S 0,23 W/kg
2. Samsung Galaxy S 2 0,33 W/kg
3. HTC Desire S 0,35 W/kg
4. Sony Ericsson Xperia Play 0,36 W/kg
5. Samsung Nexus S 0,50 W/kg
6. HTC 7 Mozart 0,53 W/kg
7. LG Optimus 2X P990 0,54 W/kg
8. Apple iPhone 4 0,59 W/kg
9. Samsung Wave 2 0,62 W/kg
10. Samsung Player 5 0,63 W/kg
10 bis. HTC HD2 0,63 W/kg

5 de junho: PSD na cabeça! Depois, acompanhar, torcer e cobrar!


Curiosamente, aqui em Massamá, a propaganda eleitoral tem-se resumido a alguns "pirulitos" em postes de energia elétrica e oudoors da CDU. No último sábado, quando fui até à Expo (Pavilhão Atlântico), vi outdoors da CDU e do BE - Bloco de Esquerda e, acho, de um outro partido. Como não tenho a certeza, não cito. Mas ontem pintou um folheto do PSD na minha caixa de correspondência. Com um resumo do Programa Eleitoral que inicialmente intentei transcrevê-lo aqui, mas fiquei com uma baita preguiça. Quem se interessar pelo Programa Eleitoral do PSD, para apoiar ou para criticar, é só clicar na imagem acima e fazer o seu próprio resumo
Então, como intitulei, vamos ao voto! E depois acompanhar...

Presidente da TAP reúne-se com os trabalhadores para evitar greve

Foto: Agência Lusa
O presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, reúne-se esta tarde com os trabalhadores da companhia para explicar a situação da TAP no contexto do pré-aviso de greve de 10 dias dos tripulantes de cabine.
O porta-voz da companhia aérea, António Monteiro, disse à Lusa que a  reunião, agendada para as 15h00, "será aberta a todos os trabalhadores".
O objetivo é, segundo António Monteiro, "explicar aos trabalhadores  o contexto que a TAP está a viver, espoletado pela greve".
O porta-voz da TAP disse ainda que o presidente da TAP faz este tipo  de reuniões com "regularidade".
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) anunciou  na terça-feira uma greve para 18, 19, 20, 25 e 26 de junho e 01, 08, 15,  22 e 29 de julho, em protesto contra a decisão da administração da TAP de  reduzir um elemento por tripulação.
O presidente da TAP disse na quarta-feira, em conferência de imprensa,  que os 10 dias de greve poderão provocar perdas de 50 milhões de euros,  levar ao cancelamento de 1.500 voos e afetar 350 mil passageiros.
Na ocasião, Fernando Pinto apelou aos tripulantes de cabine para não  aderirem à greve: "Faço um apelo ao pessoal de cabine para que pense bem  e compareça aos voos. Não destruam a empresa, porque sem a empresa fica  mais complicado".
Já o SNPVAC admitiu suspender os 10 dias de greve, caso a TAP queira  negociar a redução de um tripulante por voo.
"Continuamos disponíveis para negociar, mas foi a TAP que abandonou  as negociações sem responder à nossa proposta, por isso terá de ser ela  a contactar-nos para retomarmos o processo negocial", disse na quarta-feira,  em conferência de imprensa, o presidente do sindicato, Luís Parente. 
O presidente do SNPVAC responsabilizou a administração da TAP pelo conflito,  afirmando que foi a empresa que "rompeu unilateralmente as negociações e  violou o acordo de empresa".

No dia 5 de junho não se distraia

Num país normal, o próximo dia 5 seria o do voto punitivo, à semelhança do que aconteceu em Espanha, onde o PSOE sofreu, em todas as frentes, uma derrota estrondosa, depois de anos de governação que deixaram a Espanha no estado em que está. Foi um voto em massa no PP mas foi, sobretudo, uma rejeição fundada de uma governação incompetente e gravosa para a Espanha. Aqui, só agora a dança dos números mostra uma clara descolagem graças aos indecisos - eleitores moderados e de centro - apesar de as campanhas de passeatas, feiras e bailaricos não terem aberto espaço às ideias nem à clarificação do discurso.
Trata-se, pois, de saber a quem dar o benefício da dúvida. Nesta altura, Sócrates já não oferece dúvidas, é sobejamente conhecido após seis anos de governação em que conseguiu duplicar a dívida pública, atirou o País para a bancarrota, atrasou o processo de recuperação com PEC desajustados e incumpridos, somou 700 mil desempregados, muitos de longa duração, aumentou a pobreza e apresentou-se às eleições sem qualquer programa para além do que fez e mal, dando o dito por não dito, confundindo e mentindo.
É inadmissível que, aquando do debate televisivo entre Passos Coelho e Sócrates, este tivesse afirmado que, relativamente à taxa social única, só tivesse assumido o compromisso de estudar as hipóteses quando, na realidade, já tinha negociado com a troika, a 17 de Maio, um outro texto do acordo com novas especificações, novos prazos e novas medidas, e no qual a TSU se antecipará do terceiro trimestre de 2011 para o final de Julho. É indecente que se tenha acalorado com os co-pagamentos em saúde, referidos pelo líder do PSD, quando os mesmos já constavam das novas medidas do texto de 17 de Maio tornando o SNS tendencialmente pago e não gratuito. E o mesmo se diga da indemnização por despedimento ou os pagamentos em atraso. Igualmente grave é o facto de desse segundo texto nada ter sido dito ao PSD e ao CDS e aos parceiros sociais num acto de desvalorização de uma estabilidade indispensável.

Sondagens (TVI e RTP): PSD atinge a maior vantagem

Uma aliança entre PSD e CDS-PP alcançaria maioria absoluta, caso as eleições se realizassem agora. O PSP e o CDS elegiam, em conjunto, entre 115 e 130 deputados, garantindo assim a maioria absoluta ou, na pior das hipóteses, um empate parlamentar (115-115). Os dados são de uma sondagem feita pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP), nos dias 28 e 29 de Maio, para o DN, o JN, a RTP e a Antena 1.
O PSD consegue 36% dos votos, o que lhe pode valer entre 95 e 106 deputados, e o PS, que estava empatado na sondagem anterior, cai para os 31%, podendo eleger apenas entre 78 e 88 deputados.
Nesta sondagem destaca-se ainda a subida do CDS de 10% para 11% (20 a 24 deputados), terminando o empate técnico (uma vez que a margem de erro é de 1,6%) com o PCP/PEV, que cai de 9% para 8% (14 a 16 deputados). Já o Bloco de Esquerda aproxima-se dos comunistas, com uma subida de 6% para 7% (10 a 14 deputados).
Verifica-se ainda uma grande queda no número de indecisos, de 28% para 12%, e dos que recusam responder, que diminui de 8% para 2%. Mas estas mudanças podem explicar-se também pelo método da sondagem, que deixou de ser por resposta oral e passou a ser através de voto em urna, o que também pode ter alterado a comparação perfeita com os barómetros anteriores.
TextoTVI
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RTP:

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A trajetória de um gigante financeiro

Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Nascemos no sopé de uma montanha. Alguns por deficiências congênitas ou por diversas razões, num buraco no sopé.
O buraco pode ser maior ou menor, depende da fatalidade que acompanha o nascituro.
A partir do sopé, iremos crescendo e galgando a montanha na esperança de, seguindo acima e avante, alcançar alturas melhores, o que significaria um avanço, tanto no crescimento como na obtenção de conhecimento, de bem-estar, de riquezas, de amizades, enfim de vida.
Cada indivíduo pois, traça o seu caminho. Basta seguirmos a trilha deixada por um cidadão para verificarmos a trajetória de sua vida pessoal.
As trilhas se multiplicam, desde as vergonhosas até as mais brilhantes. Podemos ter uma trilha maravilhosa e, no entanto o seu responsável não chegou ao topo, parou numa certa altura, mas quando analisamos a sua luta, o seu esforço e a sua dedicação, não titubeamos em cumprimentá - lo, eis um grande homem.
Outros vão longe, e muito, no topo ou quase.
Como sempre, a dimensão da criatura poderá ser avaliada quando analisamos a sua trilha.
O Palocci foi longe. Para muitos, longe demais.
Isoladamente, juram seus inimigos, ainda estaria no início da montanha. Nas asas do PT recebeu um estrondoso impulso, e lá foi ele, aos píncaros.
Na sua trilha, aqui e acolá montículos ou grandes montes de fedorentos excrementos.
Palocci nunca se importou com o mau cheiro, e seguiu em frente.
Em cada montículo obrado um bilhete esclarecedor.

Homossexualismo e a língua portuguesa – Confundir para Dividir

Antonio Celente Videira

A segunda quinzena de maio do corrente foi gerenciada pela desordem psicológica, cujo objetivo é confundir.
A homofobia assemelhou-se à homoafetividade; ensinar a falar errado em livro a ser adotado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) tornou-se avanço pedagógico; autorizar policiais militares do Rio de Janeiro, com tendência homossexual, a participarem de parada gay é a mais nova ordem dada pelo Governo do Estado. Tudo isso trafegando nos canais midiáticos e penetrando nos lares brasileiros.
A estupefação é geral. O assombro penetra na alma do povo. Paira toda uma hesitação em nossa gente, que não tem como dar uma resposta imediata à tamanha articulação propagandista.
É a perversão instalada em todas as instâncias institucionais. Do Supremo Tribunal Federal, passando pelo Executivo Estadual até desembocar na Pasta da Educação, cuja defesa atroz pelo livro “Por uma Vida Melhor”, bem como pelo “kit gay”, é altamente sugestivo.
É bom lembrar que esse Ministro trapalhão é o mesmo do Governo anterior, cujo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em setembro de 2009, teve que ser cancelado por motivo de vazamento de questões. É o que, também, no ENEM de 2010, questões iguais tinham pesos diferentes, fazendo com que dois alunos, com mesmo número de acertos, tirassem graus diferentes. E mais, é ainda, também, o que criou uma situação constrangedora para atual Presidenta, quando em janeiro deste ano, ao tentar entrar de férias, diante do caos do ENEM, foi chamado atenção pela Primeira Mandatária determinando-lhe não se afastar do MEC naquele período.

Cesar Maia: "Mário Soares: depois da eleição de domingo (05), tudo vai ser muito pior!"

Cesar Maia
(Diário Econômico, 31) 1. O ex-Presidente da República (de Portugal) parece deliciar-se com as próximas eleições legislativas, marcadas para 5 de Junho próximo. "Não se fala noutra coisa, os líderes e os não líderes, seguidos pela comunicação social, a toda a hora, que parece, igualmente, encantada não só com o dize-tu-direi-eu e as intrigas políticas mesquinhas habituais" . E questiona: "Será que alguém já pensou ou falou em como iremos acordar no dia 6 de Junho e como nos confrontaremos com os problemas e com os compromissos que nos esperam?", respondendo logo de seguida, "Não creio", até porque "tem sido um assunto tabu de todos os Partidos". O histórico socialista critica: "O que parece interessar-lhes é ganhar. 'Tu é que foste o responsável da crise e, por isso, és um irresponsável.' E o outro responde: 'Não, tu é que és em absoluto irresponsável e, por isso, chegámos à crise em que estamos...'
2. Será que alguém já pensou que, nas circunstâncias presentes, talvez que quem ganhe perca, pelo menos a curto e a médio prazo?", pergunta. Para Soares, "tudo vai ser diferente, no pós-eleições, e muito pior. Como iremos nós poder cumprir os compromissos que assumimos? De modo a reduzir o déficit, os endividamentos, públicos e privados, e, ao mesmo tempo, diminuir o desemprego, que continua a subir, e ter dinheiro para investir no crescimento económico, evitando a recessão que nos ameaça?". "São estes os temas que mais interessariam aos portugueses, que vão votar no próximo domingo, mas sobre eles não ouviram discorrer minimamente os políticos que disputam as eleições. Vá lá saber-se por quê.", Conclui.
Ex-blog do Cesar Maia, 01-06-2011

O "histórico" socialista é só isso: histórico. Falta alguém para lhe dizer "vai para casa, Doutor, cuidar da tua Fundação!" E pára de posar de equilibrado, imparcial, ou seja lá o que for! Fazes partes do mesmo serpentário, percebes"?


Ah, mas tem outras jararacas históricas. Confere aqui!

Chega! Basta!

Roger-Gerárd Scwartzenberg publicou em 1977 "O Estado Espectáculo". O último parágrafo conforma um apelo lancinante às democracias: «Ouçam o rumor profundo, o rumor subterrâneo que vai crescendo para arrebatá-lo. Ouçam a indignação que vem oprimindo esses espectadores involuntários. Trapaceados, enganados, logrados. Ouçam o despertar e o estremecimento daqueles que o Estado espectáculo tem iludido. Ouçam o seu grito. Ele cabe numa palavra: ‘chega!’» De 1977 para cá a política, «feita de vaidade e gloríola», foi refinando. O Estado espectáculo assumiu proporções que nem Scwartzenberg adivinharia. O discurso político perdeu dimensão, valores, autenticidade e verdade. Converteu-se num produto concebido com base na métrica, na sonoridade e no efeito. A comunicação política deixou-se contaminar pelo marketing e misturou-se com o slogan publicitário. Transformou-se num vazio enorme. Hoje o importante é seleccionar uma mensagem apelativa – mesmo que falsa ou ilusória – e repeti-la à exaustão. Dita no tempo exacto para caber nas reportagens televisivas. Por isso, quem tiver lido o memorando celebrado entre o Estado Português e a ‘troika’ não pode ficar surpreendido com o discurso eleitoral de José Sócrates. O que poderiam ser mentiras torpes, promessas falsas, ilusões fraudulentas são, apenas, expressões desta retórica própria do Estado espectáculo. Espera-se ardentemente que a 5 de Junho se recorde o apelo de Scwartzenberg e se exclame nas urnas e massivamente: ‘chega!’
José Luís Seixas, Destak, 01-06-2011

Criação: http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com

Afinal, quem governa o Brasil?

Maria Lucia Victor Barbosa
A aparição do ex-presidente Luiz Inácio com objetivo de socorrer sua afilhada política, Dilma Rousseff, por conta do escândalo provocado pelo meteórico enriquecimento do ex-trotskista, ex-prefeito de Ribeirão Preto, ex-ministro da fazenda, ex-deputado federal, atual chefe da Casa Civil e braço direito da presidente, Antonio Palocci, merece algumas reflexões.
Em fotos estampadas em jornais Luiz Inácio apareceu eufórico entre senadores do PT quase genuflexos diante do chefe. De calça branca ao ex-presidente só faltavam os sapatos bicolores e o chapéu de panamá para completar o traje porque, como todos sabem, a política é feita de malandragem, assumindo frequentemente aspectos de capoeira.
Foto: DR
Luiz Inácio, confortável em seu terceiro mandato, reuniu-se com partidos satélites do PT, almoçou com sua afilhada e o reincidente Palocci, deu muitos conselhos a Rousseff que prontamente obedeceu aos ditames do tutor. Ela deixou por breves momentos seu silêncio sepulcral, seu recolhimento misterioso e veio a público defender o risonho Palocci, mudo como a ex-primeira-dama Marisa Letícia que parece ter feito escola.
Não se sabe, porém, se a aparição de Rousseff apaziguou os ânimos das bases aliadas, que andam um tanto desalinhadas, se despistou as incríveis fábulas ganhas por um de seus “três porquinhos” de campanha.