Almir Papalardo

Reconhecemos que foram duas
punhaladas profundas no peito do trabalhador, que como recompensa pela
conclusão de sua missão no mercado de trabalho, é duramente castigado e
definitivamente esquecido como cidadão com direitos, não obstante ser pessoa
idosa que nem o Estatuto do Idoso consegue proteger.
Mas, convenhamos, não devemos
condenar todo o partido, porque em todos eles existem bons e maus
parlamentares. Deveríamos ser suprapartidários; apoiar os bons e hostilizar os
maus. Não deveríamos nunca considerar a sigla partidária.
Não pairam dúvidas entretanto
que o partido anti-aposentado que domina essa demoníaca atitude de maltratar os
velhos ex-trabalhadores, contradizendo seu próprio nome, é o Partido dos
Trabalhadores. Neste partido podemos facilmente e de maneira bem rápida,
relacionar umas duas dezenas de políticos que se destacam como inimigos
públicos nº 1, que mantêm tratores gigantes e desgovernados em cima de
aposentados, esmagando-os e impedindo qualquer ação sensível e libertadora em
favor destes injustiçados.
É nestes, portanto, que temos
que focar nossos desapontamentos, centralizando nossas defesas, contra-atacando
ofensivamente com ações efetivas, visando afastá-los do poder, para
libertarmo-nos dos covardes grilhões que nos mantêm manietados e escravizados.
Mas, como condenar sem
fazermos quaisquer exceções todo o partido, quando existe um Paulo Paim (mesmo
desacreditado por muitos), um petista convicto, mas, que entretanto, apresenta
e luta por projetos de sua autoria, que nos libertam dessa danosa situação? Bem
ou mal nos mantém no topo da mídia, livrando-nos de um esquecimento total. Se
procurar bem, haveremos de achar outros petistas nas mesmas condições.
Por que condenar todo o PSDB
pelo prejuízo a que nos condenou através de uma decisão infeliz do seu
ex-presidente FHC. Quero ver alguém em sã consciência preparar uma relação
ampla de tucanos, com a mesma sede vampirística no sangue dos aposentados, como
fizemos sem dificuldades com militantes do PT. O PSDB nos prejudicou, mas é o
único com possibilidades reais e força política para corrigir aqueles erros.
Quero que algum
aposentado me responda sincera e
convincentemente, se teria coragem de negar seu voto ao senador MÁRIO COUTO, ou
ao senador Álvaro Dias, caso fossem disputar a presidência da república,
somente por eles pertencerem ao PSDB. Vemos postado em blogs que aposentado com
vergonha na cara, não gastaria seus votos neste partido, porque a sua
consciência o acusaria permanentemente. Será que esta consciência não o acusará
agora de forma mais veemente ainda, ao assistirmos à vitória da Dilma Rousseff,
de quem temos toda a certeza que irá mais nos espezinhar copiando ou suplantando
mesmo o seu guia, o Lula?
Por que não demos força ao
candidato José Serra nas últimas eleições? Teríamos o orgulho de ter derrotado
o PT e suas vaquinhas de presépio. E não existia a certeza absoluta que o José
Serra continuaria a perseguir os aposentados. Como recompensa já teríamos um
reajuste de 10%, menos aviltante ao aumento que tivemos de 6,14% por não
apoiá-lo. Já impomos algum respeito aos insensatos, que agora pensam duas vezes
antes de nos prejudicar. Mesmo existindo dúvidas quanto a futura gestão de
Serra, era preferível votar neste candidato, porque alguma mudança haveria de
acontecer. Não trocaríamos a certeza absoluta da continuação do massacre, à
esperança de um eventual freio nessa cruz que carregamos. Não teríamos a
repulsa de ainda ver a presidente esboçar aquele sorriso enigmático e/ou
debochado, quando fizeram-lhe perguntas sobre o aumento real dos aposentados.
Título e Texto: Almir
Papalardo
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