domingo, 21 de abril de 2013

Quem se lembra da vitória dos 147% e da nossa fada madrinha juíza Salete Maccaloz?

Almir Papalardo
Vocês se recordam da retumbante vitória dos aposentados no affair 147%? Vamos memorizá-la? Até porque nunca mais tivemos vitória alguma assistindo frustrados e indefesos os governos vencerem todas as demais batalhas, muito desiguais de força para cidadãos aposentados.

Surge portanto a necessidade de voltarmos ao passado para lembrar a batalha dos 147%, para recuperar nosso fôlego e, copiando a garra do franzino David duelando corajosamente contra o gigante Golias, partir para a luta, acreditando que uma nova vitória ainda poderá ser obtida. Perdemos várias batalhas é verdade, mas não a guerra. Muita água ainda vai rolar debaixo dessa ponte, é a promessa dos inconformados aposentados que só almejam justiça e direitos.

No ano de 1991, quando a inflação assolava o povo brasileiro, o governo reajustou o salário mínimo em 147%. Pretendia como ainda acontece nos dias de hoje, dar um vergonhoso e irrisório reajuste de apenas 54%, para atualização das aposentadorias. A revolta e a grita foram gerais e enérgicas. Os aposentados e seus familiares inconformados (mais determinados que os de hoje) junto com a população rebelada, os caras-pintadas e os estudantes, foram para as ruas e conseguiram o reajuste de 147% também para todos os aposentados.

Contaram com o afinado senso de justiça de uma juíza brilhante, cuja atitude corajosa de peitar o governo nos salvando, deveria ser copiado por todos os ministros do STF. Escreveu seu nome na história a magnânima juíza SALETE MACCALOZ, até hoje venerada como a rainha heroína dos aposentados, que, seguindo as determinações da Constituição Federal, conservou nossos sagrados direitos impedindo que, hoje, todos os aposentados já estivessem ganhando apenas o salário mínimo.

Pois agora a cada novo ano o governo nos aplica um mini 147% nos reajustes, usando o famigerado e infame desvínculo da correção do salário mínimo versus reajuste previdenciário, conseguido através de manobras ladinas e preconceituosas, evitar que o aposentado buscasse seus direitos através da justiça. Tornou-se portanto, um procedimento que até pode ser legal, mas, é no mínimo, imoral. O Brasil na sua soberania, com certeza, deve abominar este procedimento perverso, chorando pesaroso por assistir a barbárie praticada contra seus filhos aposentados.
No momento atual, nós aposentados, sentimos a viabilidade de conquistarmos uma nova vitória reabilitadora, através da formação de uma equipe de parlamentares justos e decentes, que resolvam partir em nosso socorro abrilhantando a sua carreira política. Estes terão certamente o nosso eterno reconhecimento, pela lucidez e sentido de justiça que tanto cobramos.

Amigos, não devemos nos esquecer que no próximo ano haverá eleições presidenciais devendo direcionar nossas armas, o voto consciencioso, para tirar todos esses inimigos que resolveram fazer pirraça contra velhos e desamparados aposentados. Vamos alijá-los do poder. Não merecem o cargo que ocupam. São parasitas que não hesitam em prejudicar continuadamente os tristes aposentados.
Título e Texto: Almir Papalardo, 21-04-2013

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