
Na atualidade o rápido
desenvolvimento dos meios de transporte, de comunicação, da tecnologia, da
ciência indica a transição para um mundo mais complexo onde o conhecimento de
hoje é rapidamente ultrapassado amanhã. Nesse contexto valores são perdidos,
instituições se desagregam, percepções entre o certo e o errado desaparecem e o
indivíduo parece uma mosca tonta na janela de um trem-bala. Prevalece o
individualismo, o hedonismo, a vulgaridade, a mediocridade, a imoralidade.
Como as sociedades são
dinâmicas e não dá para permanecer nesse estado indefinidamente aos poucos vai
se construindo uma nova ordem. Paralelamente começam a surgir novas
representações coletivas, outro conceito de Durkeim a significar experiências
advindas da influência grupal – família, partido político, religião, etc.- que
suprem os indivíduos com ideias e atitudes que ele aceita como se fossem
pessoais.
No Brasil, país da impunidade,
do jeitinho, da malandragem sempre houve certa anomia. Um salvo-conduto para o
desfrute impune de atos de corrupção. Uma largueza moral que encanta os
estrangeiros que aqui vêm usufruí-la sem jamais ousarem repeti-la em seu país.
Características essas culturais originadas historicamente e aprimoradas ao
longo do tempo.
Contudo, foi com a entrada do
PT na presidência da República que se acentuou nossa anomia. Isso se deu
através dos sucessivos e impunes escândalos de corrupção do partido que se
dizia o único ético, o puro, aquele que vinha para mudar o que estava errado.
No poder o PT se tornou não um partido não igual aos outros, mas pior.
Por isso mesmo foi marcante o
julgamento do mensalão quando, pela primeira vez, poderosos e seus coadjuvantes
foram parar na cadeia por conta da coragem e da firmeza do ministro Joaquim Barbosa
auxiliado por alguns ministros do STF.
Lula da Silva sempre foi um
homem de muita sorte ajudada por sua verborragia. Herdou um país sem inflação,
além de políticas públicas as quais de certo modo imitou. No plano
internacional reinava calmaria econômica. No âmbito interno nenhuma oposição
partidária ou institucional. As performances escrachadas do “pobre operário”
agradavam a maioria e formou-se uma representação coletiva que aceitava todos
os desvios e desmandos do governo. Diante da roubalheira o povo dizia: “se eu
estivesse lá faria a mesma coisa”.
O todo-poderoso Lula da Silva
se reelegeu e fez mais, obteve um “terceiro mandato” sem precisar alterar a
Constituição. Isso porque elegeu uma subordinada que não dá passo sem ouvir
suas ordens.
Contudo, no final do segundo
mandato de Lula da Silva a economia do Brasil paraíso começou a fazer água e os
três anos da sucessora têm sido um fiasco retumbante.
O álibi para o descalabro é a
a crise internacional, mas, na verdade foi a políitica econômica incompetente e
errática da presidente e do Mr M., autor das mágicas contábeis, ou seja, do
Senhor Mantega, que está nos conduzindo ao fracasso.
O governo do PT conseguiu nos
transformar no país dos pibinhos, na lanterninha dos BRICS. A inflação cresce,
tivemos em 2013 o maior déficit comercial de nossa história, com resultado
negativo de US$ 81,3 bilhões, a geração de emprego recuou 18,6% no ano passado,
a desvalorização cambial já é outro grave problema.
Existe, porém, algo mais que a
economia. Lula da Silva se aliou à escória governamental, a começar pela
América Latina. Insuflou ódios raciais. Jogou a Educação no nível mais baixo
enquanto seu ministro Haddad tentava insuflar amoralidade na formação das
crianças. A Saúde virou sinônimo de crueldade e não serão médicos cubanos,
ideologicamente trazidos para cá, que reporão a falta de estrutura de hospitais
e postos de saúde.
Agora está sendo colhido o que
foi plantado com os votos no PT. A manifestação pacífica de junho, em 2013, foi
só um passo tolhido pela entrada dos tais black blocs, politicamente inseridos
ou não. Entretanto, várias outras manifestações vêm se espalhando pelo país de
forma violenta com queima de ônibus, interdição de estradas, depredações,
saques. Enquanto isso aumenta a força da criminalidade dando a nítida impressão
de que um tenebroso Estado paralelo se sobrepõe ao Estado de Direito.
A rotineira barbárie da prisão
de Pedrinhas é a ilustração mais perfeita da anomia brasileira a qual devemos
agradecer aos nossos governantes, especialmente, ao governo do PT.
Título e Texto: Maria Lucia Victor Barbosa, Socióloga,
25-01-2014
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