"Tivemos discussões
com o ministro das finanças de Portugal muito, muito antes de Portugal ter solicitado um programa, porque era
bastante claro já em determinado momento de 2010 que, a menos que Portugal
tomasse uma acção forte em relação a reformas económicas e a consolidação
orçamental, iria enfrentar custos de financiamento proibitivos e enfrentaria a
ameaça de ficar de fora do financiamento nos mercados, o que acabou por
acontecer no início de Abril de 2011 e conduziu ao programa" (Olli
Rehn, comissário europeu).
Pelos vistos, mentiram-nos
descaradamente.
À lenda da punhalada nas
costas quando "tudo se encaminhava para a resolução dos problemas",
seguiu-se a narrativa da vítima que sucumbiu apesar da admirável resistência
sem pecado da apresentação do PEC IV. Mais uma mentira que decerto cedo
desaparecerá da atenção geral, pois convém manter vivas todas as ilusões que a
chicana partidocrática exige.
Num registo que lhe é
demasiadamente corriqueiro, o auto-comentador dominical mentiu, ou melhor
ainda, omitiu o que não lhe interessava dizer aos portugueses. Este desprezo
para com a população, é um dos aspectos mais marcantes dos agentes de um regime
que apenas ausculta a vontade nacional, quando é conveniente aos actores
políticos.
Sempre queremos escutar o que Seguro, Pacheco, Costa ou Soares terão para dizer acerca da chegada da troika, já anunciada um ano antes e sem que alguém nos tivesse dado cavaco.
Sempre queremos escutar o que Seguro, Pacheco, Costa ou Soares terão para dizer acerca da chegada da troika, já anunciada um ano antes e sem que alguém nos tivesse dado cavaco.
Não têm cura. Mentirosos, relapsos e contumaces.
Título, Imagem e Texto: Nuno Castelo-Branco, Estado-Sentido,
22-01-2014
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