Tudo na vida é cumulativo.
O acumulador das nossas
atitudes não é um caderno onde se escrevem os momentos da vida e depois vira-se
a página. Para cada um de nós, há um espaço infinito onde são depositados os
bons e os maus atos, os desvios e os acertos. Assim como a 3ª Lei de Newton,
mesmo que intemporais, essas atitudes reverberam, repercutem e retornam com
efeitos que muitas vezes não nos lembramos a causa ou a sua verdadeira origem. Esse
retorno segue uma linha bem
diferenciada daquilo que costumamos entender. Muitas vezes não nos atingem
diretamente; passa muito tempo e ele chega e apresenta-se numa época ulterior à
que estamos vivendo agora.
Para uma certa situação, já se
passaram quase oito anos.
Se é verdade que vivemos
outras vidas, e em outras vidas tivemos atitudes e comportamentos que possam
ter causado o bem ou o mal, quem sabe, se a resposta ou o efeito ainda está
para chegar. Quem fui eu em outras vidas ou encarnações, como dizem os
espíritas? Será que posso ter sido um cruel inquisidor na Idade Média? Será que
fui um homem do bem, que lutou contra a injustiça e morri num cadafalso com a
cabeça cortada? Será que uma sessão de hipnose ou de regressão podem esclarecer
acertadamente o que fomos?
Não temos acesso a essas
informações e não há provas ou evidências de que vivemos naquela ou em outra
época, porém, a vida nos presenteia a todo momento com fatos que, se
interpretarmos adequadamente, teremos a certeza que, de fato, tudo é consequência...
tudo é efeito... fruto de uma reação. A simples germinação de uma planta se dá
por causa de uma semente plantada. Os aspectos físicos, emocionais,
intelectuais, além de outras características nos humanos, pelas suas heranças
genéticas, são uma consequência. O próprio saber é um efeito do estudo,
portanto, todo ato resulta numa consequência. Porém, o tempo que resultará o
efeito nós desconhecemos o mecanismo; se é que podemos chamar isso de
mecanismo. A história nos conta que as transformações neste mundo ocorreram
devido às atitudes de sociedades ou povos que modificaram o que estava
anteriormente estabelecido por acúmulo de insatisfações geradas por descaso,
indiferença, desrespeito, arbitrariedades e injustiças cometidas pelas
autoridades governantes daquelas sociedades, passando tais sociedades a viver
outros status
geo-políticos-culturais.
Desde o Big Bang, vivemos em efervescência, acontecendo, reagindo e
modificando tudo. Um dos maiores causadores das transformações são os acúmulos.
Todos eles quando se juntam, iguais ou mesmo diferentes, somam-se, resultando
em forças muito maiores que já não conseguem se manter estáticas e liberam
extremas energias.
O acúmulo de injustiça e desrespeito a nós, idosos aposentados de um
Fundo de Pensão dilapidado, ferve e borbulha dentro dessa “panela de pressão” chamada
descaso.
Quando se acumulam forças; em
um determinado momento elas serão liberadas. Existem vários tipos de forças que
podem se juntar e provocar uma grande transformação. Uma dessas forças é VOCÊ!
A indignação dos Aposentados
do AERUS cresce a cada dia e vem se acumulando desde 12 de Abril de 2006. Está
na hora da mudança de paradigmas. Mudança do “nhenhenhem” de acordos
mirabolantes cujos arquétipos nunca aconteceram, para o planejamento de
atitudes dentro da legalidade, bem planejadas, organizadas e tão contundentes
que façam, de fato, os nossos Direitos serem restabelecidos.
Isso depende única e
exclusivamente da sua vontade de juntar sua indignação à nossa, fazendo parte
de uma típica Tripulação Fixa, onde
voaremos na intenção de Justiça à nossa causa.
Que essa sua ação seja agora,
evitando que a recuperação desse Direito
seja em época posterior à nossa, porque aí, então, poderá ser tarde demais, pois...
o tempo não para!
Título e Texto: Jonathas Filho, Comissário Varig-Aposentado
Aerus, indignado energizado... 21-01-2014
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