Nuno Carregueiro
PS e PSD sobem consideravelmente no Barómetro da Aximage de Janeiro,
atingindo as intenções de voto mais elevadas desde início do ano passado. O
mesmo barómetro revela que os portugueses estão mais confiantes no futuro e com
perpectivas menos negativas sobre o desempenho do Governo.
Os dois maiores partidos
portugueses subiram nas intenções de voto dos portugueses nas eleições
legislativas, de acordo com o Barómetro de Janeiro realizado pela Aximage para
o Negócios e o Correio da Manhã.
O PS chega aos 38,5%, o valor
mais elevado desde pelo menos o início do ano passado e uma subida
significativa de 2,1 pontos percentuais face ao resultado de Dezembro de 2013.
Apesar da subida dos
socialistas, também o PSD subiu em Janeiro, conseguindo pela primeira vez desde
início do ano passado superar a fasquia dos 30%. O partido liderado por Pedro
Passos Coelho atingiu 30,6% das intenções de voto, uma subida de 1 ponto
percentual face ao barómetro anterior.
A subida dos dois maiores
partidos nas intenções de voto foi conseguida à custa sobretudo do CDS, que
desceu 2,5 pontos percentuais para 5,8% e tem agora os dois partidos mais à
esquerda à sua frente. A CDU caiu 5 décimas para 9,2% e o Bloco de Esquerda
ficou estável com 6,3%. Nota ainda para a forte subida da abstenção, com 41,4%
dos inquiridos a afirmar que não irá votar nas próximas eleições legislativas,
que estão previstas para 2015.
Os resultados deste barómetro
indicam que apesar da subida do PSD, a direita não conseguiria formar maioria no
Parlamento, enquanto ao PS poderá bastar uma união com um dos partidos mais à
esquerda para conseguir esse objectivo.
Portugueses menos pessimistas com futuro e mais confiantes no Governo
O Barómetro da Aximage indica
ainda uma melhoria no sentimento dos portugueses quanto à evolução da economia
e à prestação do Governo, que deverá reflectir sobretudo os indicadores
económicos mais positivos que foram divulgados neste arranque de ano, como a
queda do desemprego.
Quando questionados sobre como
será o seu nível de vida no futuro, comparando com o dos seus pais, 69,8%
responde que vai ser pior, 16,9% melhor e 11,3% igual. Ainda assim os
resultados de Janeiro traduzem uma clara melhoria. Em Dezembro apenas 11,3%
acreditava que iria viver melhor que os seus pais, enquanto 74,6% dizia que
iria viver pior.
O índice de expectativas sobre
o desempenho do Governo está agora num valor negativo de 37 pontos. Um registo
que traduz uma subida de 15 pontos face a Dezembro para o nível mais elevado
desde Dezembro de 2012.
Na avaliação dos ministros
Assunção Cristas continua com a melhor nota e única positiva (11,1). Segue-se
Pires de Lima, Paula Teixeira da Cruz e Miguel Macedo, enquanto o ministro da
Educação permanece no fundo da tabela.
Apesar da forte subida do PS
nas intenções de voto, Seguro viu a confiança dos portugueses baixar quanto à
escolha para primeiro-ministro (36,9%), enquanto Passos Coelho subiu apenas 4
décimas (30,5%). No mês em decidiu não enviar o Orçamento para o
Constitucional, Cavaco Silva viu a sua nota baixar para 7,7.
Título, Imagens e Texto: Nuno Carregueiro, Jornal de Negócios, 19-01-2014
Para um primeiro-ministro (ou partido, tanto faz) que, além do desgaste NATURAL de quem governa (e toma decisões nem sempre "agradáveis"), que governa um país falido, que é esquadrinhado à lupa pela oposição, o que é ABSOLUTAMENTE NORMAL, mas que além disto tudo, tem a imprensa e "comentadores" criticando, desqualificando e insultando, é FEITO! Parabéns!
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