domingo, 19 de janeiro de 2014

PS reforça intenções de voto e PSD supera os 30%


Nuno Carregueiro
PS e PSD sobem consideravelmente no Barómetro da Aximage de Janeiro, atingindo as intenções de voto mais elevadas desde início do ano passado. O mesmo barómetro revela que os portugueses estão mais confiantes no futuro e com perpectivas menos negativas sobre o desempenho do Governo.
Os dois maiores partidos portugueses subiram nas intenções de voto dos portugueses nas eleições legislativas, de acordo com o Barómetro de Janeiro realizado pela Aximage para o Negócios e o Correio da Manhã.

O PS chega aos 38,5%, o valor mais elevado desde pelo menos o início do ano passado e uma subida significativa de 2,1 pontos percentuais face ao resultado de Dezembro de 2013.

Apesar da subida dos socialistas, também o PSD subiu em Janeiro, conseguindo pela primeira vez desde início do ano passado superar a fasquia dos 30%. O partido liderado por Pedro Passos Coelho atingiu 30,6% das intenções de voto, uma subida de 1 ponto percentual face ao barómetro anterior.

A subida dos dois maiores partidos nas intenções de voto foi conseguida à custa sobretudo do CDS, que desceu 2,5 pontos percentuais para 5,8% e tem agora os dois partidos mais à esquerda à sua frente. A CDU caiu 5 décimas para 9,2% e o Bloco de Esquerda ficou estável com 6,3%. Nota ainda para a forte subida da abstenção, com 41,4% dos inquiridos a afirmar que não irá votar nas próximas eleições legislativas, que estão previstas para 2015.

Os resultados deste barómetro indicam que apesar da subida do PSD, a direita não conseguiria formar maioria no Parlamento, enquanto ao PS poderá bastar uma união com um dos partidos mais à esquerda para conseguir esse objectivo.

Portugueses menos pessimistas com futuro e mais confiantes no Governo
O Barómetro da Aximage indica ainda uma melhoria no sentimento dos portugueses quanto à evolução da economia e à prestação do Governo, que deverá reflectir sobretudo os indicadores económicos mais positivos que foram divulgados neste arranque de ano, como a queda do desemprego.

Quando questionados sobre como será o seu nível de vida no futuro, comparando com o dos seus pais, 69,8% responde que vai ser pior, 16,9% melhor e 11,3% igual. Ainda assim os resultados de Janeiro traduzem uma clara melhoria. Em Dezembro apenas 11,3% acreditava que iria viver melhor que os seus pais, enquanto 74,6% dizia que iria viver pior.     

O índice de expectativas sobre o desempenho do Governo está agora num valor negativo de 37 pontos. Um registo que traduz uma subida de 15 pontos face a Dezembro para o nível mais elevado desde Dezembro de 2012.

Na avaliação dos ministros Assunção Cristas continua com a melhor nota e única positiva (11,1). Segue-se Pires de Lima, Paula Teixeira da Cruz e Miguel Macedo, enquanto o ministro da Educação permanece no fundo da tabela.

Apesar da forte subida do PS nas intenções de voto, Seguro viu a confiança dos portugueses baixar quanto à escolha para primeiro-ministro (36,9%), enquanto Passos Coelho subiu apenas 4 décimas (30,5%). No mês em decidiu não enviar o Orçamento para o Constitucional, Cavaco Silva viu a sua nota baixar para 7,7.


Título, Imagens e Texto: Nuno Carregueiro, Jornal de Negócios, 19-01-2014

Um comentário:

  1. Para um primeiro-ministro (ou partido, tanto faz) que, além do desgaste NATURAL de quem governa (e toma decisões nem sempre "agradáveis"), que governa um país falido, que é esquadrinhado à lupa pela oposição, o que é ABSOLUTAMENTE NORMAL, mas que além disto tudo, tem a imprensa e "comentadores" criticando, desqualificando e insultando, é FEITO! Parabéns!

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