segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Conheça os Charlatões Ocidentais que Justificam a Jihad

Giulio Meotti 
Por qual razão o filósofo Michel Onfray se tornou tão querido entre os jihadistas franceses que lutam na Síria e no Iraque? O jornalista David Thomson, especialista em movimentos jihadistas, explicou que "Onfray foi traduzido para o árabe e é compartilhado em todos os sites pró-ISIS".

Onfray admite que estamos em guerra. Mas esta guerra, para ele, foi iniciada por George W. Bush. Ele "esquece" que 3.000 americanos foram mortos no 11 de setembro de 2001. Se você lembrá-lo que o "ISIS mata inocentes", Onfray responderá: "nós também já matamos inocentes". É a perfeita equivalência moral entre o ISIS e o Ocidente. Bárbaros contra bárbaros! Com esse relativismo moral, Onfray abre as portas para os cruéis assassinos islâmicos.

Após o massacre em Paris, o intelectual francês Thomas Piketty, apontou a "desigualdade" como sendo a raiz do sucesso do ISIS. Outro consagrado filósofo alemão, Peter Sloterdijk, ressaltou que os ataques do 11 de setembro foram apenas "pequenos incidentes".

Famosos representantes da cultura europeia também abraçaram o sonho de Adolf Hitler. Seus herdeiros agora justificam a jihad como o castigo supremo no tocante às liberdades ocidentais e à democracia.

O filósofo alemão Martin Heidegger (à esquerda) foi um dos muitos intelectuais e artistas europeus que abraçaram o sonho de Adolf Hitler. Hoje, o filósofo francês Michel Onfray (à direita) se tornou o queridinho do grupo jihadista Estado Islâmico, por conta da sua visão segundo a qual, a despeito dos islamistas matarem e massacrarem, não é culpa deles. Ele culpa as vítimas, porque "o Ocidente atacou primeiro".
Após o 11 de setembro de 2001, a nata dos intelectuais europeus imediatamente começou a procurar e encontrar justificativas para a jihad. Eles obviamente estavam fascinados com o fuzil automático Kalashnikov, "a arma dos pobres". Para eles o que se passou em Nova Iorque foi uma quimera, uma ilusão. Hipoteticamente, os assassinatos em massa eram o suicídio da democracia capitalista, e o terrorismo foi a fúria dos desempregados, a arma desesperada de um lumpemproletariado ofendido com a arrogância da globalização ocidental.

Esses intelectuais semearam as sementes do desespero em uma enorme câmara de eco ocidental. Do 11 de setembro até os recentes massacres em solo europeu, os cidadãos ocidentais assassinados são retratados apenas como vítimas colaterais em uma guerra entre "o sistema" e os condenados da terra, que só estão reivindicando um lugar à mesa.

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