José António Rodrigues Carmo
Estive a ouvir a audiência de
ontem, no U.S. Court of Appeals, 9th Circuit, e colhi as seguintes impressões:
1 - É muito agradável e até aditivo, ouvir as argumentações em
tribunais americanos.
2 - O tribunal em questão é considerado o mais à esquerda no
sistema de 2ª instância, nos EUA. É na Califórnia, um dos estados mais
"liberais" – nos EUA este adjetivo é sinónimo de esquerda.
3 - Os três juízes são conhecidos suficientemente bem.
Um deles foi nomeado por Jimmy
Carter e as perguntas que fez não deixam dúvidas sobre a sua inclinação
ideológica.
Outra, foi nomeada por Obama e
as perguntas refletem claramente o seu enviesamento.
O terceiro foi nomeado por
Bush e foi o único que fez perguntas neutras e pertinentes.
O que irá acontecer?
Provavelmente o painel irá
votar, dois contra 1, contra a OE (Ordem Executiva). Não por méritos jurídicos,
mas por evidente enviesamento político. O que confirma o ativismo judicial que
cada vez mais permeia certa magistratura no Ocidente e que vem na linha do
tristemente famoso Baltazar Garzón, cuja mão justiceira, apenas se abatia sobre
os que não eram da sua cor e que hoje, consta, está a tratar dos direitos de um
agressor sexual, chamado Julian Assange, acoitado na embaixada de uma ditadura
sul-americana, em Londres.
E também, provavelmente, o
caso irá parar ao Supremo, também dividido ao meio e onde falta um juiz cuja
nomeação está a ser o mais possível atrasada pela minoria de esquerda americana
no Congresso e no Senado.
Tempos fascinantes!
Título e Texto: José António Rodrigues Carmo, Facebook,
8-2-2017
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