Rui A.
Em pouco mais de quinze dias,
o estado português falhou, esplendorosamente, aquela que é a sua principal
função: defender os cidadãos que o sustentam através do pagamento de impostos.
Primeiro, não precavendo
eficazmente um incêndio devastador, para o qual não houve meios, estratégia,
nem resposta rápida que evitasse as dezenas de mortes que ocorreram. Depois,
não sendo sequer capaz de guardar, com o cuidado que se impõe, armamento
militar de extrema periculosidade que está (supostamente) à sua guarda. Se tivermos
a infelicidade desse armamento ser utilizado aqui, por quem o roubou, Portugal
falhará novamente: não temos a mínima capacidade para prevenir e evitar um
ataque terrorista. Se, apesar da desgraça, quem tiver roubado esse material o
destine para atos em países mais capazes do que o nosso, talvez haja a sorte –
esperemos – de conseguir evitar o pior. De todo o modo, as «autoridades»
portuguesas serão sempre responsáveis pelo que acontecer com esse material de
guerra.
E por falar nelas, nas
«autoridades» portuguesas, as duas nódoas que temos pelos ministérios das
tutelas respectivas continuam a proferir inanidades e a aguardar relatórios
para apurar responsabilidades.
Estes cidadãos, pagos com o
dinheiro dos nossos impostos, presumem que a responsabilidade política é igual
à responsabilidade individual, e que carece de um nexo de causalidade
inequívoco, entre os factos ocorridos e as suas estimáveis pessoas, para que se
tenham de demitir ou serem demitidos das suas funções.
Não se lhes ocorre que basta
serem absolutamente incompetentes e incapazes de cumprirem o que está à sua
responsabilidade para que devam dar o lugar a outros.
Título e Texto: Rui A., Blasfémias, 1-7-2017
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