Valdemar Habitzreuter
Há dez anos que o acidente do
avião da TAM em Congonhas, matando todos os passageiros, ainda traz lembranças
tristes; e aos familiares das vítimas é simplesmente impossível esquecer a
tragédia. Imputa-se ao piloto, mais a precária infraestrutura do aeroporto na
época, a causa do acidente.
O fato é que acidentes aéreos
sempre aconteceram ao longo da história da aviação e, eventualmente, ainda
acontecerão. Mas, no caso da TAM, que estava emergindo como uma megaempresa na
época desse acidente trágico, havia uma afobação por parte da Cia de querer
abocanhar o mais rápido possível a grande fatia do mercado aeroviário que a
Varig estava prestes a perder pela falência iminente. A GOL, outra Cia em
emergência, também estava na espreita do que poderia aproveitar. Portanto, a
TAM mostrava-se agressiva para garantir o naco mais substancial.... Diz o
ditado: “A pressa é inimiga da perfeição”...
Sabe-se e é notório que em
aviação não se brinca. Desprezar as regras de segurança é o pecado capital que
resulta em acidentes. Neste sentido, um treinamento rigoroso dos pilotos e
manutenção constante e impecável das aeronaves é de extrema exigência e
necessidade. Se esta consciência de segurança não prevalecer, o perigo de
acidentes é grande; um avião não é um balão que voa ao sabor do vento, é um
tijolão que despenca quando seu motriz poder, que o sustenta, falha. É
imperativo conjugar o elemento humano (tripulação) e aeronave num perfeito
entrosamento para garantir a chegada segura ao destino de seus ocupantes.
Eis, pois, a tristeza que
resiste e persiste com o acidente da TAM. Mas, não é só essa tristeza, há uma
outra que teima e persiste nos corações de milhares de variguianos que viram a
Varig ser mutilada e esfacelada por governantes mal-intencionados que
provocaram sua falência; e acresce-se a isso a má administração dos últimos
dirigentes aventureiros da Cia, sem apego a esse grande patrimônio nacional,
deixando que urubus dessem cabo a uma grandiosa Cia de aviação, de referência
internacional.
E, assim, o Brasil, um país
continental, carece, atualmente, de uma Aérea que represente o país como
outrora a Varig representava e era reconhecida internacionalmente.... Ao invés
disso, vemos as estrangeiras dominando os céus brasileiros e faturando alto –
as divisas escoando para fora...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 19-7-2017
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"Realmente" que Tristeza!!!
ResponderExcluirHeitor Volkart
Volkart, você merece um troféu: o de MAIOR comentador desta revista!
ResponderExcluirOps! Peraí! E o Rochinha? Este é o mais antigo!
Olha só, Rochinha, eu já demonstrei o meu carinho e gratidão, como Editor, da sua constante participação.
E a você, Heitor Volkart, a mesma gratidão.
Agora, temos a mesma luta?
Então, Caro Editor, quando estivermos presentes em um futuro próximo, no Encontro Europeu, Tu nos entregas o Troféu, ok? Sim, e ao Habitz, como Colaborador.
ExcluirGosto de participar de teu Blog, por "n" motivos, e me sinto compartilhando algumas experiências e vivências.
Vamos em frente, pela mesma Luta. Obrigado pelas palavras! Abraço,
Heitor Rudolfo Volkart
Se me chamarem de COMENTADOR NÃO FREQUENTO MAIS.
ResponderExcluirSou CRÍTICO, e primo mais pela técnica, realidade e verdade do que sofismar anseios pessoais.
Já publiquei sobre FATALIDADES.
Elas não existem.
Todos sabem, mas esquecem que o El Niño e La Niña são eventos cíclicos do aquecimento ou resfriamento das águas do Oceano Pacífico.
Quando quentes as frente frias são fracas e as secas predominam no continente sul americano, mas quando frias, as frente frias são congelantes e as enchentes predominam.
Seus ciclo duram de 16 a 20 anos com variações pequenas para mais ou para menos.
E conseguimos não estar preparados para elas.
A aviação é prejudicada sempre pelas falhas humanas.
Avião não cai, navio não afunda e automóvel não bate.
Arma de fogo não dispara sozinha.
A natureza nos avisa.
A aviação não possui avisos., contra más manutenções, planos de voos falhos, estruturas de treinamento péssimas e a arrogância dos seres humanos.
As companhias aéreas do terceiro imundo, não investem no ser humano.
Quem mora na beira do mar não pode chamar tsunami de fatalidade.
A natureza nos premia com sua revolta onde que estejamos.
Acho o avião a maior invenção de um conjunto de homens, e finalizando a minha crítica com humor, na água tudo bóia inclusive o número 2.
fui
Volkart e Rocha, sempre muito bons seus comentários. Aliás, complementam o assunto abordado... As críticas do Rocha são de relevância ímpar por seus vastos conhecimentos... sempre são bem-vindas!
ResponderExcluirValdemar