Valdemar Habitzreuter
O povo brasileiro é, sem
dúvida, um povo amável, simpático, receptivo ao turista, festeiro, agradável no
relacionamento com as pessoas, carnavalesco, fanático por futebol... é um povo sui
generis, observado e admirado pelos estrangeiros.
Esta imagem realmente
predominava há alguns anos atrás. Mas, hoje em dia, esta imagem vai
desaparecendo gradativamente. Embora o povo, em si, mantenha a qualidade da
simpatia e da boa receptividade, o país é visto, atualmente, como sem rumo,
conturbado que está pela corrupção, violência e descompasso político dos
governantes, gerando conflitos sociais que repercutem aos quatro cantos do
planeta.
O problema não é o povo em seu
todo, que continua de índole alegre e receptiva; o problema é o inferno social
ao qual é jogado pelo governo inepto, corrupto e desagregador que perdeu as
rédeas da governabilidade eficaz e, consequentemente, abalou as estruturas
institucionais, garantidoras da paz social; e o medo generalizado é a tônica
agora, afligindo este povo que não vê uma saída imediata desse caos de
violência e desarranjo político.
A violência que crassa em
nosso meio nada mais é que o reflexo da violência de nossos governantes que se
instalaram no poder, nos últimos anos, massacrando o povo em todos os sentidos:
a corrupção, as falcatruas políticas e a roubalheira no setor público penalizam
a população que fica desassistida em melhorias e segurança sociais e, o mais
grave: gera violência por parte de indivíduos que se aproveitam do engessamento
e inércia governamentais, liberando seus instintos mais baixos e maléficos para
estabelecer o terror social.
A reportagem da CNN colocando o Brasil no topo da lista como o país mais cool – com um
povo legal e descontraído -, me parece ser uma extrapolação à realidade atual.
Nossa sociedade está à deriva, sem perspectivas, onde se assalta a torto e a
direito; onde se mata sem pestanejar; onde o medo impera de se ser sequestrado
e extorquido; onde o crime vem lá de cima e se espraia pela sociedade. A um
país desse não se pode dizer que é cool... tende mais a uma efervescência
infernal.
Quem sabe, podemos em 2018
expulsar a quadrilha assaltante que ocupa nossa Casa, nossa República e tornar
realmente cool este país de belezas mil...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 16-7-2017
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Caro Habitz, excelente Post, é o nosso Brasil Real, talvez explicando quem, e o que é ser Cool, como hoje vivemos, não estamos sendo nem um pouco Cool, é a realidade dos nossos dias. Sem duvida, é um Povo Cool , mas não atualmente, vivemos com medo de sair às ruas, e sendo enganados diariamente por nossos governantes. Precisamos resgatar este Status. Deixarmos de ser omissos e Otários, sim, porque o que hoje os Três Poderes fazem com o Povo, só sendo omisso e Otário.
ResponderExcluirAbraço,
Heitor Volkart
Será até muito fácil expulsar a nefasta quadrilha que infestou a nossa pátria. Aliás, é a única alternativa capaz de manter a soberania de um país, qualificando o nosso quadro de políticos: -através de eleições programadas-. O que vemos quando elas se apresentam? Vemos que mais de 35 milhões de eleitores que parece não ter compromisso com o Brasil, desperdiçarem seus preciosos votos, jogando-os na lixeira! Em 2014, foram mais de 37 milhões de votos desperdiçados, entre brancos, nulos e abstenções! Por falta deste civismo, padecem mais de 210 milhões de cidadãos...
ResponderExcluirAlmir Papalardo.