Almir Papalardo
Foto: Marco Antonio Martins/G1 |
O
Carnaval é outra festa popular muito aguardada, mas longe de ser cristã.
Prorrogada
por quatro dias em ritmo alucinante é uma explosiva festa pagã.
Multidões
cantam e sambam sem demonstrar fadiga nos salões abarrotados.
Nas
ruas sem rumo certo pulam como loucos nos blocos mais empolgados.
Homens
vestidos de mulheres, mulheres vestidas de homens, tudo é confuso.
Variadas
fantasias com estilos criativos e cada estilo mais belo e mais difuso.
Quem
não brinca, mas gosta de assistir folia popular se encanta e se empolga,
Com a
alegria que extrapola e a forte motivação que não apaga, não revoga.
Há
confetes, serpentinas, máscaras, lantejoulas, plumas, paetês e purpurina.
Para
manter o som repenicado da festa, rufam tambores, cuícas e pandeiros.
Há
figuras de Pierrô apaixonado morrendo de ciúmes por sua bela Colombina.
Passados
quatro dias de loucuras e ilusões as brasas se apagam, viram cinzas.
Esgotados,
frustrados, sofrendo com forte ressaca, voltam todos à dura sina,
No dia
mais pesado e odiado do ano, dia que assinala a Quarta Feira de Cinzas!
Quem gostar do Carnaval que aproveite!
Brinque com inocência, com moderação,
com o espírito voltado somente para o espairecer, para aliviar a tensão
provocada por um 2017 brutal, quando, facilmente, constatou-se que os momentos
de total satisfação (se é que ainda existem) puderam ser contados a dedos!
Brinque como uma criança, com a mente
limpa, com decência, com responsabilidade, com juízo, sem pensamentos sujos ou
pecaminosos, sem intenções ou atos desonestos que possam ferir ou prejudicar os
seus semelhantes. Brincar com decoro, com o coração puro, sem más intenções,
não é pecado, não é censurado por Deus.
Se o Carnaval por natureza é pesado e
instigado ao pecado, podemos torná-lo mais leve, mais prazeroso e sem ameaças
ou agressões ao bem-estar físico e mental. Todas as criaturas têm o direito de
se distraírem.
O nosso dia-a-dia, segundo ensinamentos
bíblicos, possui: oito horas para o trabalho, oito horas para o lazer e oito
horas para o repouso. Portanto, aproveitem bem o tempo com sadias distrações,
diversões limpas, comedidas e proveitosas, sem exageros, sem baixarias, sem
procedimentos dúbios, sem atitudes condenáveis que desabonem a conduta exemplar
que cada ser humano, por respeito à vida, respeito ao próximo, respeito a Deus
e respeito a si mesmo, deveriam ter. Fui repetitivo? Fui!
Mas, ainda tem mais: respeite sempre as
horas para um necessário descanso sem também relaxar com uma saudável
alimentação. Assim, desejo um aproveitamento legal do Carnaval sem
censuras, para todos os amigos, quer sejam foliões, quer sejam assistentes.
Aproveitem ao máximo esses quatro dias de tentação, que mudam totalmente a vida
disciplinar e rotineira dos nossos Estados.
Título e
Texto: Almir Papalardo, 31-1-2018
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