quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

O nosso louco Carnaval

Almir Papalardo

Foto: Marco Antonio Martins/G1
O Carnaval é outra festa popular muito aguardada, mas longe de ser cristã.
Prorrogada por quatro dias em ritmo alucinante é uma explosiva festa pagã.
Multidões cantam e sambam sem demonstrar fadiga nos salões abarrotados.
Nas ruas sem rumo certo pulam como loucos nos blocos mais empolgados.

Homens vestidos de mulheres, mulheres vestidas de homens, tudo é confuso.
Variadas fantasias com estilos criativos e cada estilo mais belo e mais difuso.
Quem não brinca, mas gosta de assistir folia popular se encanta e se empolga,
Com a alegria que extrapola e a forte motivação que não apaga, não revoga.

Há confetes, serpentinas, máscaras, lantejoulas, plumas, paetês e purpurina.
Para manter o som repenicado da festa, rufam tambores, cuícas e pandeiros.
Há figuras de Pierrô apaixonado morrendo de ciúmes por sua bela Colombina.

Passados quatro dias de loucuras e ilusões as brasas se apagam, viram cinzas.
Esgotados, frustrados, sofrendo com forte ressaca, voltam todos à dura sina,
No dia mais pesado e odiado do ano, dia que assinala a Quarta Feira de Cinzas!

 Aos meus queridos amigos:
Quem gostar do Carnaval que aproveite!

Brinque com inocência, com moderação, com o espírito voltado somente para o espairecer, para aliviar a tensão provocada por um 2017 brutal, quando, facilmente, constatou-se que os momentos de total satisfação (se é que ainda existem) puderam ser contados a dedos!

Brinque como uma criança, com a mente limpa, com decência, com responsabilidade, com juízo, sem pensamentos sujos ou pecaminosos, sem intenções ou atos desonestos que possam ferir ou prejudicar os seus semelhantes. Brincar com decoro, com o coração puro, sem más intenções, não é pecado, não é censurado por Deus.

Se o Carnaval por natureza é pesado e instigado ao pecado, podemos torná-lo mais leve, mais prazeroso e sem ameaças ou agressões ao bem-estar físico e mental. Todas as criaturas têm o direito de se distraírem.

O nosso dia-a-dia, segundo ensinamentos bíblicos, possui: oito horas para o trabalho, oito horas para o lazer e oito horas para o repouso. Portanto, aproveitem bem o tempo com sadias distrações, diversões limpas, comedidas e proveitosas, sem exageros, sem baixarias, sem procedimentos dúbios, sem atitudes condenáveis que desabonem a conduta exemplar que cada ser humano, por respeito à vida, respeito ao próximo, respeito a Deus e respeito a si mesmo, deveriam ter. Fui repetitivo? Fui!

Mas, ainda tem mais: respeite sempre as horas para um necessário descanso sem também relaxar com uma saudável alimentação. Assim, desejo um aproveitamento legal do Carnaval sem censuras, para todos os amigos, quer sejam foliões, quer sejam assistentes. Aproveitem ao máximo esses quatro dias de tentação, que mudam totalmente a vida disciplinar e rotineira dos nossos Estados.  
Título e Texto: Almir Papalardo, 31-1-2018

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