O céu caiu com todo o seu peso
sobre as companhias aéreas. David Neeleman, o fundador da Blue Air e da Azul e
a força por trás do atual projeto da TAP, provavelmente está condenado a perder
todas as suas empresas.
Não conheço o trabalho dele na
Blue Air. Da Azul só sei que conseguiu, num país muito difícil, erguer uma
companhia aérea de primeira grandeza. Na TAP, iniciou um projeto tão arrojado
como inteligente: aproveitar a posição geográfica única de Portugal, o mais
ocidental dos países Europeus, para tornar Lisboa e a TAP num hub de ligação
dos continentes americano e africano à Europa. Simplesmente brilhante.
Mesmo que perca tudo o que
criou, fica a sua genialidade. Serei para sempre um seu admirador. Mesmo que os
beneficiários financeiros da sua estratégia sejam outros ou simplesmente se
perca na confusão dos tempos.
As melhores universidades de
gestão dos Estados Unidos insistem em separar a análise das ações do seu
resultado prático: há que distinguir o azar da visão que as inspirou e reconhecer
a nossa insignificância na possibilidade de controlar todas as variáveis. O que
raramente acontece num mundo, especialmente o latino, em que só os resultados parecem
importar. Em que boas iniciativas que falham são menosprezadas, e a
mediocridade, mesmo que com êxito fortuito, é aplaudida. Lamentável.
Como diria Vinicius de Morais,
saravá David!
Título e Texto: José Miguel
Roque Martins, Convidado Especial, Corta-fitas,
3-4-2020
Oi Jim!
ResponderExcluirPasso todos dias antes do almoço. E à tardinha para ler as entrevistas e os textos longos.
Bjos
cd
Obrigado!
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