Pressão alta é fator de risco para
pacientes com covid-19
Ludmilla Souza
A Sociedade de Cardiologia do
Estado de São Paulo (SOCESP) faz um alerta no Dia Nacional de Prevenção e
Combate à Hipertensão, lembrado hoje, 26 de abril, e ressalta os
cuidados essenciais, principalmente agora, por conta da pandemia do novo
coronavírus.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
“Durante a pandemia de
coronavírus, os hipertensos merecem uma atenção especial. Eles devem tanto
evitar o contágio pelo vírus, medida baseada principalmente no isolamento
social, como manter os cuidados habituais para o controle da pressão arterial.
E aqui me refiro ao uso regular de medicamentos, dieta equilibrada e prática de
exercícios”, ressalta o assessor Científico da SOCESP, Flávio Borelli.
O cardiologista orienta que
uma alimentação balanceada, com baixo consumo de sal, também é crucial. A
SOCESP recomenda até 5 gramas de sal por dia, ou uma colher de chá. “É o limite
de consumo, sem esquecer que o sal está presente em boa parte dos alimentos
processados, como massas e temperos industrializados, facilmente encontrados na
mesa dos brasileiros, mas que deveriam ser evitados”, alerta o cardiologista.
Além do sal, os fatores de risco para hipertensão arterial são a idade, excesso
de peso e obesidade, ingestão de álcool, sedentarismo, fatores socioeconômicos
e genéticos.
A hipertensão é um dos
principais fatores de risco para as doenças do coração. Segundo a entidade, 36
milhões de adultos brasileiros têm pressão alta. Entre os idosos, a hipertensão
atinge 60%. A doença é responsável, direta ou indiretamente, por metade das
mortes por doenças cardiovasculares, cerca de 200 mil óbitos todos os anos,
informa a SOCESP.
A hipertensão não tratada está
associada a eventos como morte súbita, acidente vascular cerebral (derrame),
infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica
e doença renal crônica. “Nos casos de covid-19, o hipertenso não
controlado tem mais complicações e maior mortalidade, conforme
relatos e estudos internacionais”, explica o presidente da SOCESP, o
cardiologista João Fernando Monteiro Ferreira.
Nas últimas três décadas,
houve uma diminuição da incidência da hipertensão no Brasil de 36,1% para 31%
da população adulta, conforme uma meta-análise contemplando 40 estudos científicos
nacionais e publicados na 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Para
o presidente da SOCESP, se houvesse uma adesão em massa, onde todos os
brasileiros controlassem a sua pressão arterial, teríamos um salto
significativo na redução de mortes por doenças cardiovasculares. “Provavelmente
atingiríamos a meta da Organização Mundial da Saúde em reduzir em 25% os óbitos
até 2.025”, destaca Ferreira.
Título e Texto: Ludmila
Souza; Edição: Liliane Farias – Agência Brasil, 26-4-2020, 9h37
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