sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Uma cimeira que prestigia Portugal

Comando Central Conjunto da NATO, Oeiras, Portugal


Lisboa será durante dois dias uma espécie de capital do mundo, afinal, atrás da Cimeira da NATO, com os líderes dos 28 Estados membros, vêm mais duas dezenas de representantes de países e organizações, desde o Presidente afegão, Hamid Karzai, ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, passando pelo russo Dmitri Medvedev. País fundador, em 1949, Portugal organizou uma cimeira anterior, logo depois da criação da Aliança Atlântica, mas esta que hoje e amanhã se realiza no Parque das Nações foi conseguida apenas depois de fortes insistências, com a candidatura de Lisboa a ser no passado recente relegada para segundo plano por duas capitais do Leste europeu, Riga e Bucareste.

Mas acaba por ser uma homenagem ao atlantismo histórico de Portugal que seja em Lisboa que a NATO venha definir o seu novo conceito estratégico. Criada durante a Guerra Fria para conter o expansionismo soviético, desde 1991, com o fim da URSS e do Pacto de Varsóvia, que a NATO deixou de ter um inimigo oficial. O que não significa que tenha perdido importância, bem pelo contrário: esteve envolvida na guerra do Kosovo e agora na do Afeganistão, e para ambas as operações Portugal contribuiu com os seus meios militares. E prova de que a NATO está a fazer frente a desafios cada vez mais surpreendentes, uma frota da Aliança está no Índico para combater a pirataria somali, esforço que chegou a ser liderado por um navio português.
Serão dois dias complicados, sobretudo para os lisboetas, que verão o seu quotidiano afectado por medidas de segurança inéditas. Contudo, existe um lado fortemente positivo nesta Cimeira da NATO: a confiança dos líderes mundiais, a começar pelo americano Barack Obama, na capacidade de Portugal organizar um evento que marcará não só a actualidade mas o futuro próximo mundial. Esta é uma cimeira que prestigia Portugal.
Editorial Diário de Notícias, 19-11-2010

Um comentário:

  1. Essa conclusão que "prestigia" tem muito que se lhe diga...
    O que prestigia, de fato, real e efetivamente uma Nação é a Educação! Cidadãos EDUCADOS dão à luz políticos sérios, probos e com sentido de Estado! E, consequentemente, nessa Nação não existe pobreza, nem desemprego! Porque todos amam, de fato, a pátria! Primeiro, antes de tudo, proveem a Pátria com pão. O circo vem depois, se e quando todos os cidadãos estejam educados, alimentados, saudáveis...

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