Faltam três dias para as eleições presidenciais. A campanha arrasta-se, supliciante. O País evita a profilacticamente. Não assiste aos tempos de antena.
Não participa nas iniciativas, reduzidas a jantares e ‘arruadas’ com militantes firmados e figurantes arregimentados. Não ouve os discursos onde, à míngua de ideias, sobejam ofensas pessoais. É certo que para Manuel Alegre não se deve confundir crítica e insulto.
![]() |
Cavaco Silva, Presidente de Portugal, candidato à reeleição |
O insulto é crítica quando se reporta aos outros e a crítica é insulto quando respeita aos próprios. Ambivalências socialistas dos tempos que passam… Por isso, afirma que a vitória de Cavaco será ‘a morte da democracia’! Postulação ingénua e cândida que se situa no âmbito da crítica…!!!
Como alvas e puras são as ‘críticas’ que objectivamente tentaram enlamear a honorabilidade do seu adversário e que à luz dos velhos códigos conformariam calúnias passíveis de perseguição criminal. Evidentemente que Alegre tem voz grave e harmoniosa, ostenta pose aristocrática e declama o seu amor à Pátria e à República que cremos genuíno. Cavaco não terá a melhor pronúncia e disfarça mal a sua timidez.
Um é poeta, outro economista. Um escreveu versos, outro traçou o rumo do País moderno que somos e próspero que fomos. Um consome-se na retórica, outro afunda-se nos dossiers. Um diz que não precisa de saber, outro não precisa de dizer que sabe. Essa a colossal diferença que ditará o resultado final.
José Luís Seixas, Destak, 19-01-2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-