Alberto de Freitas
Henrique Monteiro, ex-director
do Expresso, tem feito de “polícia bom” no blogue-coluna de opinião “Chamem-me
o que quiserem”. No caminhar paulatino da bondade disse ao que vinha: “O País ainda vai a tempo... mas sem este governo” -, foi como titulou a sua tese em que,
pelos menos, é necessário substituir o Primeiro-ministro e o ministro das
Finanças.
Concordaria se a proposta
fosse devido às insuficientes reformas estruturais. Mas não, são precisamente
porque se receiam tais reformas. Ou seja: constatada a realidade, não se pode
recusar a necessidade... no abstracto. Porque no concreto, cada um tenta que as
reformas não o atinjam a ele.
A substituição pedida por
Henrique Monteiro, reforçada por coincidir com a opinião de Mário Soares,
mostra quem são os governantes que “temem”. Os outros - com as excepções do
Ministro da Saúde e da Justiça, enquanto o Álvaro está completamente manietado
pelo Ministério “reino da burocracia” - têm as máquinas partidárias que
“tratam” deles.
O Jornal de Angola acusa o
Expresso de ser coisa do PSD. Acredito. Mas não do PSD que governa e sim do PSD
que “se governa”.
Os vários interesses em jogo
estão em luta, utilizando todas as armas. Falha a constitucional utilizam a
demagogia.
Quando o “corte” é dirigido e
tem objectivos definidos, aqui Del’Rei que a igualdade não está a ser
respeitada; quando “toca a todos”, é a ausência de senso político no corte
cego. Esta gente tenta convencer-nos que a realidade económica, pode ser
alterada com Despachos, Leis, ou, mesmo, acusando-a de inconstitucionalidade.
O atrasar das reformas
estruturais aumenta os custos para todos e afecta as gerações futuras, mas
pouco incomoda quem a médio prazo estará morto. E sendo os portugueses muito
sensíveis aos ditados populares, “enquanto o pau vai e vem, folgam as
costas”... se há coisa que nos motiva, é aparecer alguém de “pau” na mão. O que
nos espera.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 04-03-2013
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