segunda-feira, 4 de março de 2013

É a economia, estúpido

Alberto de Freitas 
Henrique Monteiro, ex-director do Expresso, tem feito de “polícia bom” no blogue-coluna de opinião “Chamem-me o que quiserem”. No caminhar paulatino da bondade disse ao que vinha: “O País ainda vai a tempo... mas sem este governo” -, foi como titulou a sua tese em que, pelos menos, é necessário substituir o Primeiro-ministro e o ministro das Finanças.
Concordaria se a proposta fosse devido às insuficientes reformas estruturais. Mas não, são precisamente porque se receiam tais reformas. Ou seja: constatada a realidade, não se pode recusar a necessidade... no abstracto. Porque no concreto, cada um tenta que as reformas não o atinjam a ele.
A substituição pedida por Henrique Monteiro, reforçada por coincidir com a opinião de Mário Soares, mostra quem são os governantes que “temem”. Os outros - com as excepções do Ministro da Saúde e da Justiça, enquanto o Álvaro está completamente manietado pelo Ministério “reino da burocracia” - têm as máquinas partidárias que “tratam” deles.
O Jornal de Angola acusa o Expresso de ser coisa do PSD. Acredito. Mas não do PSD que governa e sim do PSD que “se governa”.
Os vários interesses em jogo estão em luta, utilizando todas as armas. Falha a constitucional utilizam a demagogia.
Quando o “corte” é dirigido e tem objectivos definidos, aqui Del’Rei que a igualdade não está a ser respeitada; quando “toca a todos”, é a ausência de senso político no corte cego. Esta gente tenta convencer-nos que a realidade económica, pode ser alterada com Despachos, Leis, ou, mesmo, acusando-a de inconstitucionalidade.  
O atrasar das reformas estruturais aumenta os custos para todos e afecta as gerações futuras, mas pouco incomoda quem a médio prazo estará morto. E sendo os portugueses muito sensíveis aos ditados populares, “enquanto o pau vai e vem, folgam as costas”... se há coisa que nos motiva, é aparecer alguém de “pau” na mão. O que nos espera.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 04-03-2013

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