GRANDES POTÊNCIAS MUNDIAIS
ASSINARAM PETIÇÃO PELA QUAL EXIGEM QUE O IRÃ SUBMETA O SEU PROGRAMA NUCLEAR À
SUPERVISÃO INCONDICIONAL DA ONU.
Francisco Vianna
Na terça-feira passada, seis
potências mundiais pediram, em Viena, resultados rápidos e concretos nas
negociações nucleares com o Irã, que foram retomadas depois de um hiato de oito
meses, com o objetivo de evitar a ameaça de uma nova guerra no Oriente Médio.
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Síntese do grande temor do mundo atual |
Rússia, China, EUA, França,
Alemanha e Reino Unido assinaram uma petição única descrevendo as conversas da
semana passada com o Irã na cidade de Almaty, no Cazaquistão, classificando-as
como "úteis", e disseram
que a diplomacia buscará ativamente
resultados importantes nos próximos meses, como uma última tentativa de
colocar o programa nuclear iraniano sob controle e vistoria incondicional da
AIEA da ONU.
Dizendo-se "profundamente preocupadas com a
possibilidade de o Irã continuar a realizar certas atividades nucleares"
contrárias às resoluções do Conselho de Segurança da ONU, as potências citadas
incluíram as medidas recentes de Teerã para instalar mais centrífugas avançadas
para um maior nível de enriquecimento de urânio em suas instalações.
Uma nova reunião entre a AIEA
e o Irã está prevista para o início de abril próximo na mesma cidade para nova
rodada de discussões políticas numa tentativa de pôr um fim a um impasse que já
dura anos seguidos sobre a capacidade incondicional de fiscalização da ONU do
programa nuclear persa, depois de uma rodada preliminar de conversas entre
especialistas que acontecerá ainda este mês em Istambul.
O comunicado assinado pelos
seis países foi entregue à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica)
durante uma de suas reuniões em Viena, na Áustria, com a recomendação expressa
que dizia: "Buscamos resultados
tangíveis e práticos ao longo deste processo diplomático que ainda está num
estágio inicial". "Reafirmamos nosso apoio continuado por uma solução
diplomática à questão nuclear iraniana", diz o comunicado, que foi
lido pela embaixadora britânica Susan le Jeune d'Allegeershecque.
Os signatários do documento
instam que Teerã adote imediatamente "passos
significativos" para lidar com as preocupações da AIEA referentes a
"possíveis dimensões militares"
do ‘programa nuclear’ do país. O Irã vem usando de evasivas para fugir ao
questionamento da ONU há mais de quatro anos.
Com quatro estados ocidentais
de um lado e Rússia e China de outro, o documento de uma página foi redigido em
linguagem relativamente branda, porém de forma incisiva. O documento, no
entanto, representa uma mudança de atitude por parte de Moscou e de Pequim, que
sempre criticaram as sanções unilaterais ocidentais sobre Teerã, e sempre
tendiam a ser menos duros em seus comunicados públicos. “A prioridade agora, no entanto, é a de demonstrar a unidade das
grandes potências sobre a questão nuclear do Irã”, explicou um diplomata
russo.
"O Presidente Barak Obama não está blefando quando diz que usará a
força militar para frustras as ambições nucleares militares do Irã, caso a
diplomacia venha eventualmente a falhar", declarou o vice-presidente
estadunidense Joe Biden. Já o Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu,
pediu uma "ameaça militar crível e
dissuasória" contra Teerã, alegando que "ainda não recorreu à força militar em razão dos apelos das citadas
potências".
Título e Texto: Francisco Vianna, 10-03-2013
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