domingo, 10 de março de 2013

Irã finalmente contra a parede

GRANDES POTÊNCIAS MUNDIAIS ASSINARAM PETIÇÃO PELA QUAL EXIGEM QUE O IRÃ SUBMETA O SEU PROGRAMA NUCLEAR À SUPERVISÃO INCONDICIONAL DA ONU.
Francisco Vianna
Na terça-feira passada, seis potências mundiais pediram, em Viena, resultados rápidos e concretos nas negociações nucleares com o Irã, que foram retomadas depois de um hiato de oito meses, com o objetivo de evitar a ameaça de uma nova guerra no Oriente Médio.

Síntese do grande temor do mundo atual
Rússia, China, EUA, França, Alemanha e Reino Unido assinaram uma petição única descrevendo as conversas da semana passada com o Irã na cidade de Almaty, no Cazaquistão, classificando-as como "úteis", e disseram que a diplomacia buscará ativamente resultados importantes nos próximos meses, como uma última tentativa de colocar o programa nuclear iraniano sob controle e vistoria incondicional da AIEA da ONU.
Dizendo-se "profundamente preocupadas com a possibilidade de o Irã continuar a realizar certas atividades nucleares" contrárias às resoluções do Conselho de Segurança da ONU, as potências citadas incluíram as medidas recentes de Teerã para instalar mais centrífugas avançadas para um maior nível de enriquecimento de urânio em suas instalações.
Uma nova reunião entre a AIEA e o Irã está prevista para o início de abril próximo na mesma cidade para nova rodada de discussões políticas numa tentativa de pôr um fim a um impasse que já dura anos seguidos sobre a capacidade incondicional de fiscalização da ONU do programa nuclear persa, depois de uma rodada preliminar de conversas entre especialistas que acontecerá ainda este mês em Istambul.
O comunicado assinado pelos seis países foi entregue à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) durante uma de suas reuniões em Viena, na Áustria, com a recomendação expressa que dizia: "Buscamos resultados tangíveis e práticos ao longo deste processo diplomático que ainda está num estágio inicial". "Reafirmamos nosso apoio continuado por uma solução diplomática à questão nuclear iraniana", diz o comunicado, que foi lido pela embaixadora britânica Susan le Jeune d'Allegeershecque.
Os signatários do documento instam que Teerã adote imediatamente "passos significativos" para lidar com as preocupações da AIEA referentes a "possíveis dimensões militares" do ‘programa nuclear’ do país. O Irã vem usando de evasivas para fugir ao questionamento da ONU há mais de quatro anos.
Com quatro estados ocidentais de um lado e Rússia e China de outro, o documento de uma página foi redigido em linguagem relativamente branda, porém de forma incisiva. O documento, no entanto, representa uma mudança de atitude por parte de Moscou e de Pequim, que sempre criticaram as sanções unilaterais ocidentais sobre Teerã, e sempre tendiam a ser menos duros em seus comunicados públicos. “A prioridade agora, no entanto, é a de demonstrar a unidade das grandes potências sobre a questão nuclear do Irã”, explicou um diplomata russo.
"O Presidente Barak Obama não está blefando quando diz que usará a força militar para frustras as ambições nucleares militares do Irã, caso a diplomacia venha eventualmente a falhar", declarou o vice-presidente estadunidense Joe Biden. Já o Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu uma "ameaça militar crível e dissuasória" contra Teerã, alegando que "ainda não recorreu à força militar em razão dos apelos das citadas potências".
Título e Texto: Francisco Vianna, 10-03-2013

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