quarta-feira, 3 de abril de 2013

Decretado, problema ultrapassado

Alberto de Freitas
A nova legislação brasileira relativa ao emprego doméstico, mostra mais uma vez, como a esquerda pensa resolver todas as injustiças sociais, decretando. Sem preocupação pelas consequências emanadas pela realidade económica e social.
Em Portugal existe fervor igual. Também sem preocupação por consequências perversas e, como tal, desprezando-se a necessidade de alternativas.
É mais digno o desemprego por 200 que um emprego por 500. A dignidade no trabalho nada tem com o que se faz e a sua contribuição para a sociedade, mas no que se aufere.
E o problema surge quando os direitos no trabalho o reduzem. E se o poder político deve punir aquilo que considera exploração, não o deve fazer quando, sem alternativas, o beneficiado pelos direitos perde a capacidade de subsistir.
A escassez é algo banido do politicamente correcto. Como se a sociedade de abundância fosse uma realidade. Não querendo considerar como utopia o facto de o vir a ser, constato que agora não o é.
Relembro como na URSS não existia prostituição. Porque na legislação não constavam tais comportamentos. Como se a injustiça, a fome, a doença, pudessem ser erradicadas por decreto.
E a referência ao “mercado”, à “economia”, passou a ser coisa de neo-liberal sem consciência social. Uma redundância, para os politicamente correctos com complexos de esquerda.
Do espaço que vai do delírio venezuelano à insanidade italiana - refiro-me às democracias, com ou sem aspas - cabem cada vez mais países. Nós estamos lá. O Brasil também.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 03-04-2013
Leia aqui a carta aberta que o Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo (SEDESP) encaminhou ao Congresso Brasileiro. 

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