domingo, 5 de janeiro de 2014

Recessos do Governo… o povo a sofrer… e a defasagem tarifária?...

Valdemar Habitzreuter

O ano novo está aí. O que nos espera 2014? Analisando friamente o calendário brasileiro, podemos concluir que será um ano em que o staff governamental vai se deliciar e desfrutar de muita inatividade. Praticamente, o governo ficará de recesso total durante o ano todo, e o brasileiro vai arcar com as conseqüências, pois os problemas sociais graves pendentes, de responsabilidade do governo, serão adiados e empurrados para a frente sem previsão de solucioná-los. É tudo o que o staff governamental aprecia: muito recesso. Sua desmesurada indolência e irresponsabilidade no trato dos problemas sociais ajustam-se a essa lacuna de atividade.

Vejamos: Janeiro é um mês morto – é o costumeiro recesso do governo, ou seja, férias coletivas aos que já não fazem nada. Aliás, já começou em 20 de dezembro do ano passado. Em fevereiro o pessoal finge que está voltando para o trabalho, mas, na realidade, ainda está possuído do clima festivo e lhe é difícil entrar de cara nos trabalhos de relevante importância para as soluções dos problemas da população. O mês é levado na maciota com vistas para a grande festa carnavalesca que começa no dia 28.
Março também oferece suas regalias, já que é uma extensão do carnaval, e, como sabemos, o carnaval brasileiro não se restringe aos quatro dias estabelecidos, vira uma folia para o restante do mês.
Abril, um mês de inúmeros feriados.
Maio é a preparação para a Copa.
Junho é a Copa.
Julho comemora-se o título de campeão ou fica-se de luto se não vencer a Copa. 

Finalmente, os trabalhos começam em agosto e adentram-se em setembro. Mas, nova interrupção em outubro: eleições. O mês inteiro será reservado para o jogo politiqueiro e, possivelmente, novembro não terá clima para o trabalho com o resultado das eleições, ainda mais se houver segundo turno. (Aviso aos navegantes: o PT é uma nuvem negra pairando sobre o Brasil, não merecemos que seus maus fluidos continuem a desabar sobre nós).

Bom, o mês de dezembro, como todos os anos, é um mês festivo em que o ritmo de trabalho é desacelerado com vistas à celebração do Natal e Ano Novo.

Quer dizer, o governo espera que o povo aprecie junto com ele toda esta programação para que, assim, sua alma se alivie do caos social com o qual é obrigado a conviver. Que linda recompensa ao povo! Pão e circo e pouca melhoria social! O povo está refém de um governo que aprecia os recessos, e trabalhar, nada. O povo está farto de ver seus representantes subestimando e menosprezando seus anseios por dias melhores.

Os milhares de ex-trabalhadores idosos da Varig, particularmente, estão de olho na volta do judiciário - dia 3 de fevereiro - de seu recesso anual costumeiro para ver como se comportará. Ficará nessa pusilaminidade de 2013 com que tratou nosso caso? É grande nossa expectativa de vermos nosso processo da defasagem tarifária, parado no STF há muitos meses, entrar em pauta para julgamento. Exigimos da Justiça os nossos direitos, não pelos simples exigir, mas porque a vida nos está ficando cada vez mais difícil com o avançar da idade - com doenças se instalando e remédios caros -, e tudo que poupamos com nosso trabalho o governo teve o desplante de nos tirar com suas políticas desastradas e errôneas.
Ministra Cármen Lúcia, rogai por nós e faça seus pares ver a injustiça que nos atinge.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 05-01-2014

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