O ano novo está aí. O que nos
espera 2014? Analisando friamente o calendário brasileiro, podemos concluir que
será um ano em que o staff
governamental vai se deliciar e desfrutar de muita inatividade. Praticamente, o
governo ficará de recesso total durante o ano todo, e o brasileiro vai arcar
com as conseqüências, pois os problemas sociais graves pendentes, de
responsabilidade do governo, serão adiados e empurrados para a frente sem
previsão de solucioná-los. É tudo o que o staff
governamental aprecia: muito recesso. Sua desmesurada indolência e
irresponsabilidade no trato dos problemas sociais ajustam-se a essa lacuna de
atividade.
Vejamos: Janeiro é um mês
morto – é o costumeiro recesso do governo, ou seja, férias coletivas aos que já
não fazem nada. Aliás, já começou em 20 de dezembro do ano passado. Em
fevereiro o pessoal finge que está voltando para o trabalho, mas, na realidade,
ainda está possuído do clima festivo e lhe é difícil entrar de cara nos
trabalhos de relevante importância para as soluções dos problemas da população.
O mês é levado na maciota com vistas para a grande festa carnavalesca que
começa no dia 28.
Março também oferece suas
regalias, já que é uma extensão do carnaval, e, como sabemos, o carnaval
brasileiro não se restringe aos quatro dias estabelecidos, vira uma folia para
o restante do mês.
Abril, um mês de inúmeros
feriados.
Maio é a preparação para a Copa.
Junho é a Copa.
Julho comemora-se o título de
campeão ou fica-se de luto se não vencer a Copa.
Finalmente, os trabalhos
começam em agosto e adentram-se em setembro. Mas, nova interrupção em outubro:
eleições. O mês inteiro será reservado para o jogo politiqueiro e, possivelmente,
novembro não terá clima para o trabalho com o resultado das eleições, ainda
mais se houver segundo turno. (Aviso aos navegantes: o PT é uma nuvem negra
pairando sobre o Brasil, não merecemos que seus maus fluidos continuem a
desabar sobre nós).
Bom, o mês de dezembro, como
todos os anos, é um mês festivo em que o ritmo de trabalho é desacelerado com
vistas à celebração do Natal e Ano Novo.
Quer dizer, o governo espera
que o povo aprecie junto com ele toda esta programação para que, assim, sua
alma se alivie do caos social com o qual é obrigado a conviver. Que linda
recompensa ao povo! Pão e circo e pouca melhoria social! O povo está refém de
um governo que aprecia os recessos, e trabalhar, nada. O povo está farto de ver
seus representantes subestimando e menosprezando seus anseios por dias
melhores.
Os milhares de
ex-trabalhadores idosos da Varig, particularmente, estão de olho na volta do
judiciário - dia 3 de fevereiro - de seu recesso anual costumeiro para ver como
se comportará. Ficará nessa pusilaminidade de 2013 com que tratou nosso caso? É
grande nossa expectativa de vermos nosso processo da defasagem tarifária,
parado no STF há muitos meses, entrar em pauta para julgamento. Exigimos da
Justiça os nossos direitos, não pelos simples exigir, mas porque a vida nos
está ficando cada vez mais difícil com o avançar da idade - com doenças se
instalando e remédios caros -, e tudo que poupamos com nosso trabalho o governo
teve o desplante de nos tirar com suas políticas desastradas e errôneas.
Ministra Cármen Lúcia, rogai
por nós e faça seus pares ver a injustiça que nos atinge.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 05-01-2014
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