António Ribeiro Ferreira
Concluída a maior
fraude da democracia portuguesa, exige-se que os golpistas Costa, Catarina e
Jerónimo sujeitem o seu golpe de esquerda ao julgamento do povo português.
As alminhas de esquerda andam
numa enorme excitação com o putativo governo de derrotados e golpistas. Algumas
confessam mesmo em público que andam por aí a fazer figas, cheias de esperança,
para que o executivo golpista não fique arrumado a um canto à espera de
melhores dias. Depois de dias e dias de negociações obscuras e pela calada da
noite, chegou a hora da verdade. Amanhã, a esquerda unida derrubará o governo
legítimo dos vencedores das eleições de 4 de Outubro e ficará a fazer as tais
figas para que o Presidente da República seja cúmplice da maior golpada da
democracia portuguesa e aceite o derrotado Costa como primeiro-ministro deste
desgraçado país que foi miseravelmente levado à bancarrota em 2011 pelos chefes
da golpada deste final de 2015.
Sim, porque como se relembra
no programa do governo legítimo dos vencedores das eleições de 4 de Outubro, a
história não começou aqui: “Em 2011, Portugal viveu uma situação excepcional
que podemos com toda a legitimidade qualificar de ‘emergência nacional’. Com um
défice orçamental em 2010 superior a 11% do PIB e sem condições para obter
financiamento nos mercados internacionais, o Estado viu-se incapaz de respeitar
compromissos externos e, mais grave ainda, na iminência de não ter meios para
sustentar o cumprimento dos seus compromissos para com os portugueses – pagando
os salários dos funcionários públicos e as pensões de quem trabalhou e em si
confiou, assim como fazer face aos encargos sociais. Nestas circunstâncias, o
governo de então, apesar de se encontrar em gestão em virtude de ter
apresentado a sua demissão, solicitou e negociou com os nossos parceiros
internacionais um auxílio financeiro, que resultou num exigente Programa de
Assistência Económica e Financeira.”
Pelo andar da carruagem, e se
Cavaco Silva quiser ir para a reforma assistir de balcão à governação dos
golpistas, este desgraçado país está condenado, a curto prazo, a passar pela
mesma experiência de 2011. A esquerda golpista unida vai aumentar a despesa do
Estado e reduzir a receita. A esquerda golpista unida vai obviamente fazer
disparar o défice e aumentar a dívida. A esquerda golpista unida acha que o
Tratado Orçamental é para alemão ver e pagar os desmandos de quem gasta o que
não tem. É evidente que os socialismos dos golpistas da esquerda unida acabam
quando acabar o dinheiro. E quando acabar o dinheiro, os golpistas da esquerda
unida batem em retirada e passam a gritar alarvidades contra a austeridade
imposta por quem emprestar dinheiro para o Estado pagar salários e pensões.
Ainda o governo dos golpistas
da esquerda unida está longe de ser uma realidade e já estão aí todos os sinais
do desastre que vai atingir em cheio os portugueses. As agências de rating
torcem o nariz, os investimentos estão suspensos, quem pensava criar emprego
meteu os projectos na gaveta e Portugal está de novo na mira dos mercados. Mas
os golpistas da esquerda unida ainda têm uma oportunidade de mostrar que são
gente com alguma coragem e seriedade. Acabados os joguinhos e os acordos, peçam
desde já ao futuro inquilino de Belém que convoque eleições antecipadas em 2016
para que o povo, que os golpistas da esquerda unida invocam tantas vezes em vão,
possa julgá-los nas urnas, um velho costume democrático esquecido nesta
monumental golpada do Outono de 2015.
E aí, assim, juntinhos de
facto, sem mentiras e golpes, podem ganhar legitimidade para levarem o país à
quarta bancarrota em 41 anos de democracia. Se Cavaco os deixar governar e o
próximo Presidente assobiar para o lado e não convocar eleições, não se admirem
do que vos poderá acontecer quando vier um novo resgate e o povo voltar a
sofrer o que sofreu nestes últimos anos. Estes crimes raramente ficam sem
castigo.
Título e Texto: António Ribeiro Ferreira, jornal “i”, 10-11-2015
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