Investidores já enxergam o Brasil de uma
maneira diferente, diz Araújo
Pedro Rafael Vilela
O ministro das Relações Exteriores,
Ernesto Araújo [foto], afirmou que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia,
anunciado na semana passada, já começa a produzir resultados positivos, apesar
de ainda precisar ser ratificado por cada um dos 32 países envolvidos.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O ministro disse também que
pretende acelerar a vigência do acordo, pelo lado brasileiro, assim que que ele
for aprovado pelo Congresso Nacional.
“Vamos tentar que, dentro do
Mercosul, a gente tenha um arranjo para que possa entrar em vigor assim que for
aprovado em cada um dos parlamentos do bloco. Do lado da União Europeia não é
possível essa entrada individual, mas do nosso lado é possível, vamos trabalhar
para que isso possa ser feito dessa maneira, para que essas vantagens comecem a
resultar o mais rapidamente possível”, acrescentou.
O acordo cobre temas tanto
tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais,
facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e
fitossanitárias e propriedade intelectual. Segundo os termos anunciados,
produtos agrícolas de grande interesse do Brasil terão suas tarifas eliminadas,
como suco de laranja, frutas e café solúvel. Os exportadores brasileiros
obterão ampliação do acesso, por meio de quotas, para carnes, açúcar e etanol,
entre outros produtos. O acordo também reconhecerá como distintivos do Brasil
vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés.
As empresas do país serão
beneficiadas com a eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos
industriais. A indústria europeia também terá as tarifas eliminadas para vendas
ao Mercosul, mas de forma escalonada ao longo dos anos. O acordo garantirá
ainda acesso efetivo em diversos segmentos de serviços, como comunicação,
construção, distribuição, turismo, transportes e serviços profissionais e
financeiros. Em compras públicas, empresas brasileiras obterão acesso ao
mercado de licitações da União Europeia, estimado em US$ 1,6 trilhão. Os
compromissos assumidos também vão agilizar e reduzir os custos dos trâmites de
importação, exportação e trânsito de bens, segundo o governo federal.
Título e Texto: Pedro
Rafael Vilela; Edição: José Romildo – Agência Brasil, 5-7-2019
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