Texto da petição sublinha importância de
medidas mais drásticas e o sucesso de Macau.
SOL
Foto: AFP |
A iniciativa foi lançada no
dia 12 de março por Diana Franco, uma psicóloga e formadora de 37 anos, que se
sentia “impotente” perante uma situação em que poderia não conseguir a filha ou
os pais, na sequência do surto de Covid-19.
Os portugueses parecem ter
respondido em massa e apenas três dias após a criação da petição, já estão
reunidas mais de 158 mil assinaturas.
Mais de 174 mil pessoas
assinaram uma petição eletrônica a favor de uma quarentena obrigatória para
todos os portugueses e do fecho das fronteiras de forma a conter o surto de
Covid-19.
Em declarações à agência Lusa,
Diana Franco explicou: "Senti-me impotente, porque senti que estava
perante uma situação que poderia não conseguir proteger a minha filha nem os
meus pais".
Apesar de pensar que "já
não ia a tempo de nada" e sem imaginar que "iria alcançar um número
considerável de assinaturas", a psicóloga lançou na mesma a petição, que
não para de subir o número de apoiantes.
A petição tem como destino a
Assembleia da República, e é dirigida também ao Presidente da República e ao
primeiro-ministro.
Título e Texto: SOL,
15-3-2020
Texto da Petição:
Quarentena obrigatória para
todos e fecho das fronteiras
Para: Ministério da Saúde,
Presidente da República, Primeiro Ministro, Assembleia da República
Que seja decretado de imediato
o regime de quarentena obrigatória à população em geral, bem como o fecho de
fronteiras. à semelhança do que aconteceu em Macau, caso de sucesso a nível
mundial, Portugal deveria adotar medidas mais drásticas para a contenção do
vírus.
Deveríamos antecipar os nossos passos a nível de prevenção e, em vez de
decretarmos o fecho das escolas ou de alguns serviços, circunscritos a zonas de
risco, deveria ser decretada uma quarentena obrigatória para a população em
geral, de forma simultânea, pelo período de 3 a 4 semanas, ainda antes de
chegarmos à fase de Mitigação. Só assim poderemos evitar verdadeiramente que o
Covid-19 se propague na comunidade de forma descontrolada e assegurar uma
resposta eficaz e sustentada por parte dos serviços de saúde.
Este período iria
permitir que quem está infetado desenvolva a doença e receba a assistência
médica adequada para o seu caso e, simultaneamente, evita-se a propagação do
vírus na comunidade.
Não queremos chegar à situação
de Itália, com os serviços de saúde a abarrotar, com recursos limitados para
prestar uma assistência eficaz aos pacientes e com uma equipa médica exausta,
com a cabal missão de escolher a quem dão assistência.
Portugal não se deve pôr à prova numa
pandemia desta envergadura, com os riscos econômicos e sociais que tudo isto
implica.
Apesar de todos os avisos e de
todas as notícias, a população não tem plena consciência da forma de propagação
do vírus. Decretar o fecho de escolas permitindo que os restantes serviços
continuem a funcionar é manter o risco de contágio na comunidade, porque ser
assintomático é continuar a levar o covid-19 para a rua, aumentar a disseminação
e diminuir as possibilidades de resposta dos serviços de saúde.
QUARENTENA OBRIGATÓRIA PARA
TODOS EM SIMULTÂNEO, É AGORA!!
Para assinar clique aqui.
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