Raphael Fernandes
Nesta sexta-feira
(27/3), Edmar Santos, secretário de Saúde do Rio de Janeiro,
revelou que o Estado irá testar medicamentos utilizados contra a malária em
pacientes infectados de maneira grave pelo Coronavírus.
Embora não tenha dado maiores
detalhes do protocolo de uso da substância – que disse ter criado -, o
secretário alertou a população para que não haja automedicação, pois, segundo
ele, os efeitos colaterais da utilização indevida do remédio são grandes e
podem ocasionar complicações.
“Vamos iniciar nos
pacientes graves com o consentimento ou pela famílias, se o paciente estiver
muito grave, ou pelo próprio paciente”, explicou Edmar, que ainda
complementou: “Se o bom resultado ocorrer, nós vamos expandir o uso (…)
para todos os paciente afetados pelo coronavírus.”
Denizar Vianna,
secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, informou que o
Governo Federal dispõe de um protocolo para tratar, de maneira alternativa,
pacientes com casos graves de Coronavírus que estejam internados em hospitais.
A ideia é que os médicos sejam autorizados a utilizar um medicamento já usado no combate à malária.
Denizar disse que o Governo
Federal pesou tanto os riscos quanto os benefícios da utilização do remédio
para autorizar o teste.
“Nós buscamos a literatura
científica e identificamos que realmente ainda há lacunas do conhecimento, mas
para esse grupo de pacientes (…) nós temos que oferecer alguma alternativa
terapêutica”, disse o secretário, que informou também que 3,4 milhões de
unidades da substância serão distribuídas entre os estados.
Já Luiz Henrique
Mandetta, ministro da Saúde, ressaltou, no entanto, que o remédio pode
ocasionar problemas no coração e no fígado.
Título e Texto: Raphael
Fernandes, Diário do Rio, 28-3-2020
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Atualização em 28 de março de 2020, 16h21 (TMG)
ResponderExcluirNo mundo:
622 450 casos/28 794 mortes/ 135 779 recuperados.
Itália; 86 498 casos/ 9 134 mortes
Espanha: 72 248/5 812
França: 33 437/1 995
Portugal: 5 170/100
Brasil: 3 477/93
Chocante a torcida da esquerda=jornalismo – ou vice-versa, tanto faz – CONTRA este remédio! Não querem que dê certo, não admitem que possa salvar vidas!
ResponderExcluirO Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em casos graves, com pacientes hospitalizados, infectados pelo novo coronavírus. O protocolo prevê cinco dias de uso, em complemento a outras medidas como auxílio para respirar e medicação contra febre e mal-estar.
ResponderExcluirO ministério, no entanto, alerta para o risco do uso desses medicamentos, que não devem ser administrados fora dos hospitais. Segundo a nota, dentre os efeitos colaterais, estão lesões na retina, prejudicando a visão, e distúrbios cardiovasculares.
Em coletiva de imprensa neste sábado (28), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ressaltou que é importante que os medicamentos só sejam usados em casos mais complexos e não para os pacientes em geral. “Esse medicamento pode dar arritmia cardíaca, pode paralisar a função do fígado. Então, se sairmos com a caixa na mão falando 'pode tomar', nós podemos ter mais mortes por mau uso do medicamento do que pela própria virose”, enfatizou.
Apesar de alguns estudos indicarem que os medicamentos podem conter a covid-19, ainda não existem evidências conclusivas sobre os efeitos das substâncias nesse tipo de tratamento.
Distribuição
Ontem (27), o ministério começou a distribuição para os estados de 3,4 milhões de unidades dos dois medicamentos para uso em casos graves de infecção pelo novo coronavírus.
Os remédios já são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de malária, que também é uma virose, e de doenças autoimunes (quando o sistema imunológico causa inflamações) como lúpus e artrite reumatoide.
Fonte: Agência Brasil, 28-3-2020, 18h15