Como pratica a religião cristã, você que se diz cristão? Ou apenas se
julga inserido na cultura cristã que domina o ocidente?
Àqueles que se envolvem numa prática religiosa, quer seja a religião
cristã ou outra qualquer, podemos elencar duas formas que caracterizam tal
prática: a forma estática e a forma dinâmica.
Mormente a maioria dos crentes pratica uma religião estática que consiste
na observância externa dos rituais que exaltam a veneração a Deus. Neste caso,
as pessoas são espectadoras passivas na espera das benesses divinas, e, apenas,
obedecem às normas dogmáticas da Instituição religiosa a que pertencem, e
esperam o conforto psicológico ou o sossego da alma pelo dever cumprido.
Esta forma infantil de prática religiosa pode ser útil na medida em que
conduz à outra forma: à religião dinâmica que conscientiza a pessoa da moral
íntima que a envolve em seu viver prático de boas ações e que pode ser
considerado agradável a Deus.
Na forma estática não há, propriamente, progresso pessoal de auto aperfeiçoamento
na senda espiritual, há apenas anuência a regras comportamentais externas
ditadas por outrem.
A religião dinâmica, por seu turno, não se atém a formalidades externas,
mas, antes de tudo, realiza, dinamicamente, em seu íntimo a experiência daquela
força que o chama a desenvolver a chispa
divina dormente em cada um e fazê-la brilhar ao nosso redor pelo exemplo
das boas ações e vida pautada na justiça e dever pelo dever.
Santo Agostinho é um exemplo dessa forma dinâmica de se religar
(religião) com Deus quando diz: “procurei-te, ó Deus, fora de mim e, no
entanto, estavas o tempo todo no meu íntimo, mais perto de mim do que eu mesmo
de mim”...
É esta religião ativa, ou dinâmica, que as grandes almas do cristianismo
praticam e que elevam o cristianismo a uma moral formidável que pode
transformar a humanidade numa sociedade de paz e dar o verdadeiro conforto
espiritual.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 28-3-2020
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