O artigo do Barroso no Estadão é histórico. Trata-se de uma confissão do espírito da corte. Não há no planeta um tribunal tão protagonista. A chance dessa "experiência" terminar bem é zero.
Barroso publicou artigo reclamando das críticas ao STF sem enfrentá-las e elogiando a corte. Tentou apagar o incêndio jogando querosene. Resultado: uma avalanche de respostas e críticas. Veja os 7 erros de Barroso e invertidas que tomou nas redes: https://youtu.be/DywHV06e0-w?si=hb0Q15oiiY5ZPo6e
A questão não é jurídica e, não sendo jurídica, é política. Neste caso, vocês acham mesmo que Xandão e Lule deixarão Jair Bolsonaro ir a Washington posar de chefe de Estado ao lado de Donald Trump, que assume a Casa Branca como líder do mundo livre num dos períodos mais sinistros da História da humanidade?
Gazeta do Povo OPINIÃO | Rodrigo Constantino: Como a imprensa ousa criticar o STF? "Quando se pensa na postura de certos ministros supremos, palavras como "soberba" e "arrogância" logo vêm à mente. Luís Roberto Barroso age como um ser 'ungido'." Leia: https://bit.ly/3Px7VnG
Depois do Estadão bater muito no STF, hoje ele deu um espaço ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, para que ele fizesse um contraponto. Adianto: É uma mera tentativa de propaganda. O que Barroso não entende(ou prefere não entender), é que o foco do Estadão nesses editoriais foi para mostrar que ~certos~ ministros abusam de seu papel e tem comportamentos inaceitáveis em uma democracia. Daí a crítica aos inquéritos infinitos, daí a crítica aos ministros governistas, daí a crítica ao absolutismo judicial e etc. Barroso simplesmente não responde nada disso. O presidente da corte prefere falar coisas do tipo: "O Brasil é o país que ostenta o maior grau de judicialização do mundo, o que revela a confiança que a população tem na Justiça. Do contrário, não recorreria a ela." Ministro, o brasileiro só recorre ao judiciário porque não tem para quem recorrer. Se eu pudesse chamar os Vingadores quando a Claro não para de me ligar pra cobrar a dívida da Jurema, eu ligava pra eles. Se eu pudesse ligar pro Batman quando o plano de saúde me nega um tratamento previsto no contrato, eu ligava. Mas não dá, ministro. Só dá pra acionar o judiciário mesmo, infelizmente. Ministro, o que você fez nesse artigo é uma mera cortina de fumaça. Você fala que o STF fez: Exames Nacionais da Magistratura, resoluções que estabeleceram: paridade de gênero nas promoções por merecimento para os tribunais; redução de milhares de reclamações trabalhistas, e etc. Você sabe muito bem que os editoriais do Estadão não foram sobre isso e é por isso que você não entra nesse mérito. Por isso que você não fala de ministros participando de reuniões com o presidente da República; Por isso que você não fala de ministros adiantando voto na imprensa; Por isso que você não fala de ministros indicando nomes para cargos na administração pública; Por isso que você não fala de ministros cobrando parlamentares por votações no Congresso; Por isso que você não fala de ministros que abertamente falam que tem "interlocutores políticos no Congresso"; Por isso que você não fala de ministros desrespeitando advogados e a própria OAB;
O título do seu artigo foi "O STF que o ‘Estadão’ não mostra", mas o Estadão mostrou muito bem o STF. Você que não gostou do que viu, ministro.
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O artigo do Barroso no Estadão é histórico. Trata-se de uma confissão do espírito da corte. Não há no planeta um tribunal tão protagonista. A chance dessa "experiência" terminar bem é zero.
ResponderExcluirBarroso publicou artigo reclamando das críticas ao STF sem enfrentá-las e elogiando a corte. Tentou apagar o incêndio jogando querosene. Resultado: uma avalanche de respostas e críticas. Veja os 7 erros de Barroso e invertidas que tomou nas redes:
ResponderExcluirhttps://youtu.be/DywHV06e0-w?si=hb0Q15oiiY5ZPo6e
A questão não é jurídica e, não sendo jurídica, é política. Neste caso, vocês acham mesmo que Xandão e Lule deixarão Jair Bolsonaro ir a Washington posar de chefe de Estado ao lado de Donald Trump, que assume a Casa Branca como líder do mundo livre num dos períodos mais sinistros da História da humanidade?
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ResponderExcluirGazeta do Povo
OPINIÃO | Rodrigo Constantino: Como a imprensa ousa criticar o STF?
"Quando se pensa na postura de certos ministros supremos, palavras como "soberba" e "arrogância" logo vêm à mente. Luís Roberto Barroso age como um ser 'ungido'."
Leia: https://bit.ly/3Px7VnG
Depois do Estadão bater muito no STF, hoje ele deu um espaço ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, para que ele fizesse um contraponto.
ResponderExcluirAdianto:
É uma mera tentativa de propaganda.
O que Barroso não entende(ou prefere não entender), é que o foco do Estadão nesses editoriais foi para mostrar que ~certos~ ministros abusam de seu papel e tem comportamentos inaceitáveis em uma democracia.
Daí a crítica aos inquéritos infinitos, daí a crítica aos ministros governistas, daí a crítica ao absolutismo judicial e etc.
Barroso simplesmente não responde nada disso.
O presidente da corte prefere falar coisas do tipo:
"O Brasil é o país que ostenta o maior grau de judicialização do mundo, o que revela a confiança que a população tem na Justiça. Do contrário, não recorreria a ela."
Ministro, o brasileiro só recorre ao judiciário porque não tem para quem recorrer.
Se eu pudesse chamar os Vingadores quando a Claro não para de me ligar pra cobrar a dívida da Jurema, eu ligava pra eles.
Se eu pudesse ligar pro Batman quando o plano de saúde me nega um tratamento previsto no contrato, eu ligava.
Mas não dá, ministro.
Só dá pra acionar o judiciário mesmo, infelizmente.
Ministro, o que você fez nesse artigo é uma mera cortina de fumaça.
Você fala que o STF fez: Exames Nacionais da Magistratura, resoluções que estabeleceram: paridade de gênero nas promoções por merecimento para os tribunais; redução de milhares de reclamações trabalhistas, e etc.
Você sabe muito bem que os editoriais do Estadão não foram sobre isso e é por isso que você não entra nesse mérito.
Por isso que você não fala de ministros participando de reuniões com o presidente da República;
Por isso que você não fala de ministros adiantando voto na imprensa;
Por isso que você não fala de ministros indicando nomes para cargos na administração pública;
Por isso que você não fala de ministros cobrando parlamentares por votações no Congresso;
Por isso que você não fala de ministros que abertamente falam que tem "interlocutores políticos no Congresso";
Por isso que você não fala de ministros desrespeitando advogados e a própria OAB;
O título do seu artigo foi "O STF que o ‘Estadão’ não mostra", mas o Estadão mostrou muito bem o STF.
Você que não gostou do que viu, ministro.